Milhares
de fiéis se reuniram em Mauriti, nesta quarta-feira (18), para o encerramento
da 18ª edição da Romaria da Mãe Rainha. A programação foi extensa, tendo
início no último dia 08. Dez dias depois, o sol ainda nem tinha nascido quando
peregrinos, dos mais variados recantos do município, partiram em caminhada até
Gravatazinho, onde renderam mais homenagens a Mãe Admirável, com preces de
gratidão e louvor.
Na
ocasião, houve uma missa presidida pelo Bispo Diocesano de Crato, Dom Gilberto
Pastana. Entusiasmado com a quantidade de devotos e peregrinos, ele
lembrou que “cada romaria é uma experiência amorosa diferente”. E desejou que
ela seja ocasião para “fortalecer a nossa humildade diante de Deus, para
conhecê-lo mais, amá-lo mais e estar disposto a fazer a sua vontade na nossa
vida e nas nossas comunidades”.
O
tema aludia ao Padre José Kentenich, fundador do Movimento da Mãe Rainha: “No
ano do Fundador, celebramos Maria, filha predileta do Pai”.
Tradição
A
devoção a Mãe Rainha três vezes Admirável de Schoenstatt nasceu há mais de cem
anos, na Alemanha, e se espalhou mundo a fora, chegando até Mauriti, no Cariri
cearense. E é especificamente na zona rural de Gravatazinho, distrito de São
Miguel, a 18km da sede, que essa fervorosa devoção é redescoberta a cada ano,
com grande entusiasmo em julho, quando acontece a tradicional Romaria, iniciada
dezoito anos atrás com uma caminhada da Igreja Matriz da Imaculada Conceição,
padroeira de Mauriti, até a comunidade de Gravatazinho, onde foi erguida uma
capela em homenagem a Mãe Admirável.
“Quando
a gente precisou comprar a Imagem da Padroeira, eu pedi pra imagem vir do
Santuário de Santa Maria [no Rio Grande do Sul]. Eu tive a ideia de trazê-la da
Matriz até a comunidade a pé. A gente saiu como uma trinta, quarenta pessoas.
Quando a gente chegou aqui [na capela] tinha mais de quinhentas pessoas. Então
a gente começou a contar como a primeira romaria, que continuou a cada dia
dezoito [dia de renovação da Aliança de Amor, um dos pontos mais fortes da
espiritualidade do Movimento de Schoenstatt]”, contou o diácono Francisco Alves
de Souza, ou apenas “Chiquinho da Mãe Rainha” como ficou conhecido” na região.
Depois
disso, a Capela tornou-se Santuário Paroquial. E esse laço especial – estreito
e forte – é sentido nos olhos, nos gestos e no longo percurso feito pelos
peregrinos, hoje vindos das mais variadas regiões do Cariri e até de outros
estados, como Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. (Portal Badalo)
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