Religiosa da Congregação Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, sediada em Juazeiro do Norte, Madre Neli Sobreira fez sua páscoa definitiva na tarde desta sexta-feira, dia 6 de julho. Muito de sua vida foi toda dedicada à Paróquia São José, no bairro Limoeiro, que ela mesma ajudara a edificar. Lá, deixa como legado obras sociais voltadas às famílias e crianças carentes, dentre as quais está uma creche, batizada com seu nome.

Madre Neli tinha 92 anos e estava internada no Hospital São Vicente de Paulo, em Barbalha. Na tarde deste sábado, parentes, irmãs de congregação, amigos e autoridades municipais despediram-se dela em Missa presidida pelo bispo diocesano de Crato, Dom Gilberto Pastana, na Igreja Matriz do Limoeiro, onde também ocorreu o sepultamento.

Baluarte daquela comunidade paroquial e adjacências, a religiosa, natural de Juazeiro, nasceu em 14 de agosto de 1925. A Educação e o trabalham social sempre foram os direcionadores de sua vida, sobretudo ao consagrar-se a Deus, aos 24 anos. “A memória dela continua muito viva em nossos corações”, disse o pároco, Padre José Adelino Martins Dantas, resumindo o sentimentos de todos que lá se fizeram presentes.

Segundo os amigos, o que mais alegrava Madre Neli era o desejo de servir. Empreendeu obras sociais, nas quais buscava sanar as necessidades essenciais à dignidade humana. Seu maior legado é edificação da Paróquia São José. “Quem a ela recorria, quer atrás de um conselho, quer atrás de uma ajuda, mesmo que não os encontrasse, de sua presença não saia sem um abraço ou um sorriso. Se muito ela fez em vida, tanto mais fará o fará, agora, no céu”, afirmou Cícero Sobreira de Sousa, sobrinho da madre.

Vida e missão: consagrada para amar e servir
Presidindo a Missa de Exéquias, o bispo diocesano, Dom Gilberto na homilia lembou que Madre Neli “soube, nos sinais dos tempos, discernir os sinais de Deus”, serviu a sua cidade “na ação e no favorecimento do bem comum”. Mas ela queria mais – enfatizou – não queria ficar só no plano humano, queria divinizar a sua ação, por isso se torna religiosa, para servir mais a Deus. Amar como Ele amou, conduzindo as pessoas ao Reino. “Quantos pobres, quantas ações, quantas doações não passaram por ela! E isso não pode morrer. Os seus ensinamentos, a sua vida fica, na comunidade e na história dessa cidade. Essa é uma celebração da esperança, da fé. E é o próprio Jesus que nos diz: ‘Eu vou preparar um lugar para vocês’. Nosso lugar, então, é com o Senhor, é para onde todos nós almejamos ir. Agradeçamos a Deus que nos permitiu conhecer e conviver com a Irmã Neli. Eu a encontrei, talvez, quatro ou cinco vezes, mas sempre foi o que eu chamo de encontro espiritual, da alegria que vem de Deus, de uma mulher que sempre pensava positivo e tinha uma energia que resplandecia e multiplicava felicidade. Então, hoje, nos queremos agradecer”, disse o bispo, confortando a todos.            Por Patrícia Mirelly/Assessoria de Comunicação

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