O grupo alimentação e bebidas teve forte aceleração de preços de maio para junho, ao passar de 0,32% para 2,03%. FOTO: Arquivo/Marcelo Camargo |
Impulsionada
pela variação dos preços dos alimentos, a inflação medida pelo Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de junho com alta de 1,26%, a
maior taxa para o mês desde os 2,26% de junho de 1995.
Os
dados relativos ao IPCA, a inflação oficial do país, foram divulgados hoje (6),
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os 1,26% relativos
ao IPCA de julho significam uma variação de preços 0,86 ponto percentual acima
do 0,40% registrado em maio e é, segundo o IBGE, a primeira vez desde os 1,27%
de janeiro de 2016 que o índice fica acima de 1,0%.
Com
o resultado de junho, o IPCA acumulado no ano passou a 2,60%, ficando acima dos
1,18% registrado em igual período do ano passado. Já a taxa acumulada nos
últimos 12 meses subiu para 4,39%, contra os 2,86% registrados nos 12 meses
imediatamente anteriores. Em junho do ano passado, a taxa fechou com deflação
(inflação negativa) de 0,23%.
Com
índice de 2,03%, o grupo alimentação e bebidas, o que mais influenciou o
resultado, foi responsável por 0,50 ponto percentual da composição da taxa no
mês. As principais altas ficaram com o leite longa vida (de 2,65% em maio para
15,63% em junho) e o frango inteiro (de -0,99% em maio para 8,02% em junho).
Entre
os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas vestuário, fechou o
mês de junho com inflação negativa: 0,16%. O grupo comunicação fechou o mês com
estabilidade de preços, com variação de 0,0%.
Todos
os outros fecharam com alta de preços em relação a maio, com destaque para
habitação, cuja alta foi de 2,48% e transportes (1,58%). Juntos, alimentação e
bebidas, habitação e transportes concentraram aproximadamente 60% das despesas
das famílias e foram os que mais influenciaram o IPCA de junho, com 1,18 ponto
percentual de impacto - cerca de 93% do IPCA de junho. (Agência Brasil)
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