Na contramão da crise financeira, o município de Barbalha registra aumento de receitas nos últimos três anos. O crescimento é na ordem de 40% entre 2015 e 2017. O primeiro semestre de 2018 seguiu o patamar de elevação com superávit nas contas do Município – quando o cálculo simples de receitas menos despesas resulta positivo. 

A administração barbalhense terminou o ano de 2015 contabilizando R$ 167 milhões em receitas. Três anos depois, ao final dos primeiros doze meses da administração de Argemiro Sampaio (PSDB), o Município acumulou R$ 234 milhões. As despesas também cresceram: de R$ 164 milhões em 2015, saltaram para R$ 225 milhões em 2017. 

“Esses recursos foram aplicados em diversas áreas. Na Educação, por lei, é para ser aplicado 25%, e nós aplicamos 35%. Na Saúde, era para ser 15% e fizemos cerca de 30%”, explica o secretário municipal de Finanças, Tadeu Macedo, ao acrescentar repasses para a Assistência Social e Câmara Municipal aos percentuais de 3% e 7% a cada mês, respectivamente. 

A maior parte dos recursos é proveniente da arrecadação de tributos. A principal fonte de receitas da cidade é o Imposto Sobre Serviços (ISS), que gerou R$ 4,8 milhões aos cofres barbalhenses em 2017. Ele é seguido por outros tributos como o Imposto de Renda, que forneceu R$ 2,5 milhões. Somente este ano, Barbalha já contabiliza R$ 4 milhões em impostos, segundo dados do ‘Impostômetro’, ferramenta on-line fornecida pela Associação Comercial de São Paulo. 

De acordo com o secretário de Finanças, o Município trabalha para manter um saldo positivo nos cofres públicos e, assim, estar apto a receber obras dos governos estadual e federal. Ele exemplifica que convênios realizados com o Estado do Ceará requerem uma contrapartida de 40% da gestão barbalhense. 

“Se Barbalha arranjar R$ 1 milhão em recursos para uma obra, por exemplo, o Município tem que entrar com R$ 300 mil de contrapartida e, se não tiver esse recursos, o Estado não fecha o convênio”, explica. 

Melhorar desempenho 
A administração barbalhense pretende aperfeiçoar ainda mais o crescimento das receitas. Para isso, o Município planeja reformular a arrecadação tributária. Enquanto a arrecadação com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de Crato e Juazeiro ultrapassa a casa dos milhões, como uma das principais fontes de receitas, o mesmo imposto rendeu somente R$ 150 mil a Barbalha em 2017. 

“É preciso melhorar a máquina arrecadadora e, para isso, estamos fazendo um trabalho para o IPTU, de recadastramento, porque o último foi feito há 15 ou 20 anos e têm novos imóveis. É nessa linha que temos feito esse trabalho, para ver se melhoramos essa arrecadação com IPTU, que é muito aquém. Barbalha precisa arrecadar em torno de R$ 1 milhão para não estar fazendo R$ 150 mil”, finaliza o secretário de Finanças.     (Jornal do Cariri)

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