No
primeiro semestre deste ano, as exportações cearenses apresentaram um
crescimento de 5,2% em relação a igual período de 2017, enquanto as importações
tiveram um incremento de 17,6%. No acumulado de janeiro a junho, o Estado
enviou US$ 1,026 bilhão ao exterior e comprou US$ 1,302 bilhão em mercadorias.
Com isso, a balança comercial encerrou o semestre com saldo negativo de US$
275,8 milhões, mais do que o dobro do déficit registrado nos seis primeiros
meses de 2017 (US$ 131,7 milhões).
Como
já vem ocorrendo desde o início das operações da Companhia Siderúrgica do Pecém
(CSP), em 2016, os produtos semimanufaturados de ferro e aço continuam como
protagonista da pauta de exportação cearense, respondendo por 54% dos envios do
Estado.
Por
outro lado, as matérias-primas utilizadas para a produção de placas de aço, bem
como na operação das termelétricas instaladas no Complexo Industrial e
Portuário do Pecém (Cipp), respondem pela maior parte das importações, cerca de
30% do total.
Segundo
o economista e consultor internacional Alcântara Macêdo, embora a CSP não
esteja aumentando a produção na velocidade que era esperada pelo mercado, a
tendência é de que, diante de seu potencial, a balança comercial do Estado
registre saldos de forma consistente nos próximos meses. “A gente imaginava
que, a essa altura, a CSP deveria estar produzindo em uma velocidade muito
maior. Mas, neste ano, tivemos esse movimento do governo americano de taxar o
aço, o que acaba inibindo as exportações de aço no mundo todo”, diz.
Saldo
em junho
Apesar
do saldo negativo no semestre, a balança comercial do Estado apresentou
superávit de US$ 35,3 milhões em junho, o primeiro saldo positivo mensal desde
dezembro de 2017, quando as exportações superaram as importações em US$ 96,0 milhões.
Em junho deste ano, as exportações somaram US$ 244,2 milhões, maior resultado
mensal do ano, e as importações US$ 208,9 milhões.
Um
dos fatores que contribuíram para o superávit em junho foi a alta do dólar, que
subiu cerca de 8% no mês. Na passagem de maio para junho, o valor das
exportações subiram 71%, enquanto o volume exportado, em toneladas, cresceu
apenas 0,1%, totalizando 62,2 mil toneladas no mês passado.
“Evidentemente
que, quando o dólar sobre, isso favorece quem exporta”, diz Macêdo. “E como o
Ceará tem uma participação importante nas exportações brasileiras de calçados,
isso também favorece o Estado. O fato é que o Ceará, que tradicionalmente teve
uma balança deficitária, começou a apresentar superávits”, acrescentou. No
acumulado ano, o setor calçadista foi o segundo maior exportador do Estado, com
US$ 89 milhões enviados ao exterior. E, em terceiro lugar aparece o setor de
cocos e castanha, com o envio de US$ 50,4 milhões.
Itens
No
ano, os principais produtos importado pelo Ceará foram as “hulhas; briquetes,
bolas e combustíveis sólidos obtidos a partir da hulha”, com US$ 359,6 milhões;
“Gás de petróleo e outros hidrocarbonetos gasosos”, US$ 131,8 milhões; “Óleos
de petróleo ou de minerais betuminosos” (US$100,8 milhões); “Trigo e mistura de
trigo com centeio” (US$89,5 milhões e “Produtos laminados planos de ferro ou
aço”, com US$44,6 milhões.
Países
De
janeiro a junho, os principais compradores de produtos cearenses foram os
Estados Unidos (US$ 303,7 milhões), Turquia (US$ 116,8 milhões), e México (US$
109,3 milhões). Enquanto os países que mais enviaram produtos para o Estado
foram a China (US$ 253,o milhões), os Estados Unidos (US$ 226,0 milhões), e
Colômbia (US$ 166,0 milhões). No ano, o Ceará foi o 15º estado brasileiro que
mais exportou e o 13º que mais importou. O estado de São Paulo lidera tanto nas
exportações (US$ 33,6 bilhões) como nas importações (US$ 29,7 bilhões). (Diário do Nordeste)
Essas informações são de 2020?
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