Mortalidade infantil volta a crescer no Ceará depois de 26 anos. FOTO: Tomaz Silva-Agência Brasil |
A
alta pode ser explicada pelo surto de vírus zika, que afetou principalmente as
crianças, conforme a Secretaria da Saúde do Ceará. O vírus, se contraído por
uma gestante, pode ocasionar microcefalia no bebê, o que pode levar à morte da
criança. Em 2016, o Ceará teve 96 casos de microcefalia.
O
crescimento da mortalidade infantil ocorreu também em todo o Brasil. foram 14
mortes a cada mil nascidos em 2016; um aumento de 4,8% em relação a 2015,
quando 13,3 mortes (a cada mil) foram registradas.
Desde
1990, o país apresentava queda média anual de 4,9% na mortalidade. Nos anos
1980, segundo o IBGE (Instituto brasileiro de Geografia e Estatistica), o
Brasil chegou a registrar 82,8 mortes por mil nascimentos. Em 1994, a taxa
chegou a 37,2; e, em 2004, a 21,5.
Saneamento
e vacinação reduziram taxa
A
taxa de mortalidade infantil também é usada em relatórios internacionais como
indicador de desenvolvimento de modo geral, diz a Unicef, fundo das Nações
Unidas para a Infância.
A
Unicef registra que, historicamente, a queda da mortalidade infantil no Brasil
está associada a uma série de melhorias nas condições de vida e na atenção à
saúde da criança: segurança alimentar e nutricional, saneamento básico e
vacinação estão entre elas.
A
instituição diz que a maior parte dos óbitos se concentra no primeiro mês de
vida, o que evidencia a importância dos fatores ligados à gestação, ao parto e
ao pós-parto.
Contudo,
principalmente as mortes pós-neonatais (após os 27 dias de vida), estão
relacionadas às condições socioeconômicas, diz a Unicef. (G1 CE)
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