Baixa umidade do ar pode acarretar em
problemas de saúde. FOTO: Reprodução-EPTV
Nos últimos dias, o Ceará entrou em estado de alerta devido a baixa umidade do ar. O levantamento feito pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) mostra que é preciso ficar atento aos cuidados com a saúde. Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias devem ter atenção redobrada para evitar quadros de desidratação. Segundo a Funceme, cidades do Cariri estão em nível de atenção, com variação em torno de 30%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como ideal a umidade do ar acima de 60%. 

Na última semana, Barbalha registrou taxa de 30%, enquanto Juazeiro do Norte 23%. A instabilidade da temperatura somada à baixa umidade do ar e a uma maior concentração dos poluentes é um prato cheio para quem possui algum tipo de doença respiratória e quem mais sofre são crianças e idosos. A baixa temperatura diminui a imunidade e resistência do organismo. O reflexo é visto nas filas dos ambulatórios dos hospitais e nas unidades de pronto atendimento. 

Na Unidade de Pronto Atendimento do Limoeiro, o atendimento chega a aumentar cerca de 30% neste período. A dona de casa Jaqueline Gonçalves teve que buscar atendimento na unidade para tratar a crise respiratória do filho. “Meu filho estava com cansaço, sem conseguir respirar direito. Tentei medicar em casa, mas ele não teve melhoras. E eu acabei trazendo ele para a UPA. Ele tomou injeção e passaram nebulização e alguns medicamentos. Como ele tem rinite, é só começar a mudar a temperatura pra adoecer”, relata Jaqueline Gonçalves. 

Especialistas sugerem que, em períodos de baixa umidade do ar, as pessoas fiquem em lugares com maior ventilação, além de cuidar bem da alimentação e manter o corpo hidratado. “O ideal é manter o corpo sempre hidratado, tomando sucos naturais e água. Evitar atividades no horário de pico - entre 11h e 16h - e é interessante manter a lavagem nasal com frequência, utilizando hidratantes nasais para diminuir as predisposições a infecções. Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias merecem atenção especial”, aponta a médica Brena Tavares. (Jornal do Cariri)

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