Incêndio em Barbalha, no Ceará, originou-se em vegetação e atingiu galpão com materiais plásticos. FOTO: Corpo de Bombeiros do Ceará |
"Em
junho quase não temos ocorrência de incêndio. Na região do sertão central
cearense, no ano passado, foram oito incêndios. Neste ano, foram 30 apenas na
Região Metropolitana de Iguatu", afirma o tenente-coronel do Corpo de
Bombeiros, Nijair Araújo.
De
acordo com o Corpo de Bombeiros do Ceará, o segundo semestre do ano costuma
apresentar um maior número de incêndios em comparação ao primeiro semestre,
caracterizado pela quadra chuvosa. Em 2017, entre janeiro e junho foram 322
incêndios em vegetação no Ceará, enquanto entre julho e dezembro, o número
chegou a 3.797. O ápice foi no mês de outubro, quando foram registrados 877
focos. As estatísticas gerais de 2018 ainda não foram divulgadas.
O
tenente-coronel Nijair Araújo também alerta que as ocorrências ainda podem se
intensificar. "A situação ainda pode se agravar, já que dezembro é quando
ocorrem mais incêndios; o tempo é mais seco e o risco é maior".
Tempo
seco
Entre
esta segunda e a terça-feira (23 e 24) pelo menos seis cidades cearenses
estavam com a umidade relativa do ar abaixo de 30%, o que caracteriza estado de
atenção conforme a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo
a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) as menores
taxas naquele intervalo de tempo foram em Jaguaribe (24%), Tauá (24%), Crateús
(26%), Morada Nova (27%), Jaguaruana (27%) e Quixeramobim (28%).
A
umidade relativa do ar representa a quantidade de vapor de água presente na
atmosfera. Dessa forma, quanto menor o índice, mais seco o ar fica, aumentando
as chances de ocorrerem incêndios em pastagens e florestas.
Entre
as medidas preventivas citadas pelos Bombeiros para evitar os incêndios está o
perigo de limpar o terreno com fogo, prática comum no interior do estado.
Dentro de casa, as pessoas devem tomar cuidado ao acender o fogão, lamparina ou
qualquer outra ferramenta que produza chamas. Ao sair de casa, certificar-se de
que o gás está devidamente fechado. (G1 CE)
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