FOTO: George Wilson |
Um
dos espaços mais visitados é a Casa de Farinha, que recebe centenas de pessoas,
que formam enormes filas para comprar tapiocas e beijus, prato típico feito a
base de goma de mandioca.
“Venho
aqui todo ano com meus parentes do Pernambuco, é tradição vir a Expocrato e
comer a tapioca da casa de farinha. Sempre levo mais para casa e se puder venho
mais de uma vez durante esses dias, é muito bom” afirma comerciante Ana
Cláudia, que diz valer a pena esperar até mais de uma hora para comprar os
produtos.
O
processo de produção dos alimentos pode ser acompanhado de perto pelos
clientes. A Casa da Farinha é gerida por 11 famílias que fazem parte da
Associação dos Produtores Rurais da Fazendo no Crato. A estimativa é que por
dia saem cerca dois muil beijus e tapiocas do local.
Há
também quem goste do famigerado caldo de cana, que é produzido direto de
plantações de cana-de-açúcar em engenhos da cidade de Barbalha. A bebida é
servida fresca e geralmente é boa pedida acompanhada de salgados ou petiscos.
“O
caldo daqui é muito bom. Desde que me entendo por gente venho pra tomar o caldo
de cana daqui, pois não outro igual” relata o piauiense Ricardo da Silva, que
mesmo debaixo de sol quente apreciava a bebida vendo os trabalhadores moerem a
cana-de-açucar. “Vou já comprar minha rapadura, levo pra mim, minha mãe e meus
avós que não podem vir mas fazem questão que leve”, disse.
O
percurso gastronômico contempla também bares e restaurantes que oferecem
diversos serviços, ampliados ao Parque de Exposições, a quem busca não só
comida regional, mas também pratos mais refinados e opções diversificadas para
passar o tempo e aproveitar todo o espaço.
“Sempre
gostei de ir a bares e restaurantes onde pudesse tomar uma boa cerveja e comer
um petisco, e é muito bom ver estes espaços comporem a Expocrato, você consegue
ter todo tipo de ambiente aqui, foi realmente vinda em boa hora esta reforma
para dar espaço a este tipo de serviço” diz Allan Bastos, fotógrafo cratense
que contemplava a movimentação da exposição e um dos diversos estabelecimentos
espalhados pelo parque.
Ao
lado do famoso Picadeiro, outra guloseima muito apreciada pelos visitantes
também juntava grande fila de clientes. Os Filhós de São José produzem o
alimento durante a Expocrato, que mistura fécula de mandioca, sal e água para
fazer tiras de goma crocantes fritadas a óleo de coco. A tradição é mantida há
mais de 60 anos.
Dona
Marilene, que diz ter aprendido o dom da mãe, não esconde a satisfação em estar
mais um ano trabalhando na produção do aliemento. “Já faz muito tempo que
aprendi com minha mãe, este é um dom que eu e minha irmã repassamos às minhas
primas e as filhas delas que me ajudam aqui. Esse anos fiquei feliz que mudamos
de lugar e tivemos um espaço até maior que os anos anteriores. Vem muita gente
de fora e é bom ter esse povo conhecendo o trabalho da gente” afirmou ela,
ainda mexendo a grande panela fervendo filhós, com aroma inconfundível. (Portal
Badalo)
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