FOTO: Fabio Rodrigues Pozzebom-Agência Brasil

Há 21 dias, a Copa do Mundo divide a atenção dos brasileiros. Enquanto isso, as empresas e instituições públicas funcionam normalmente, algumas com horário especial nos dias de jogos do Brasil. Neste tempo, parlamentares, por exemplo, seguem discutindo propostas e aprovando leis tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal. Veja lista algumas medidas tomadas pelas Casas que irão impactar na população. 

1. Lei dos Agrotóxicos 
Comissão especial na Câmara aprovou, no último dia 25 de junho, o projeto de lei que propõe mudança na legislação dos agrotóxicos. Chamada de “lei do veneno” por ambientalistas, o pacote de medidas é fortemente atacado por ativistas e firmemente defendido por ruralistas. O projeto torna mais brando a liberação, o controle e a fiscalização dos agrotóxicos. Os defensores da nova legislação consideram que as leis atuais estão ultrapassadas e precisam ser modernizadas para proporcionar o barateamento de preços e a concorrência entre os produtos.

2. Negociação de áreas de pré-sal
Autorizado na última quarta-feira, 4 de julho, pelo Plenário da Câmara, o Projeto de Lei 8939/17 permite à Petrobras transferir a outras petroleiras até 70% de seus direitos de exploração de petróleo do pré-sal na área cedida onerosamente pela União. Pela proposta, será permitida a negociação do equivalente a 5 bilhões de barris de petróleo. Pelo substitutivo, o petróleo excedente dessa parcela será licitado sob o regime de partilha de produção, após a revisão do contrato original de cessão onerosa, que pode significar pagamentos adicionais pela União à Petrobras. A mudança foi alvo de críticas. Para opositores, a medida esvazia poderes da estatal. Já os defensores esperam que os investimentos no setor aumentem no País. 

3. Comercialização de orgânicos
Aprovada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), o projeto de lei que restringe a venda de orgânicos está na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). O documento prevê regras mais duras para, segundo o autor, evitar que fraudadores vendam produtos a preços mais elevados como sendo orgânicas, mas cultivados sob métodos tradicionais. A ideia dos defensores é que a comercialização seja realizada diretamente por "integrante de organização de controle social cadastrada nos órgãos fiscalizadores", e somente em feiras livres e propriedades particulares.

4. IPI para carros elétricos e híbridos
Parlamentares discutiram na última quarta-feira, 4 de julho, a redução imediata do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos elétricos ou híbridos. Para os demais veículos, a redução de IPI deverá ocorrer a partir de 2022. A intenção é que, com preços mais baixos, a compra de tais veículos seja mais popularizada. Desde 2012, foram emplacados no Brasil cerca de 8 mil veículos híbridos e elétricos. No País, o total de impostos sobre esses veículos chega a 49%. Nos automóveis comuns, os impostos alcançam 35% do preço final.

5. Preço do diesel
Ainda como consequência da greve dos caminhoneiros, os senadores aprovaram no dia 29 de junho o projeto de lei (PLC 52/2018) que retira diversos setores da economia da lista dos que contam com desoneração da folha de pagamentos. Foi mantido no texto o dispositivo que zera até o final do ano a cobrança de PIS/Cofins sobre o óleo diesel. A mudança deve garantir a redução de R$ 0,46 no preço do óleo diesel. Serão reonerados o setor hoteleiro, o comércio varejista (exceto calçados) e alguns segmentos industriais, como automóveis. Também terá fim a desoneração sobre alguns setores do transporte marítimo, ferroviário e aeroportuário.            (O Povo)

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