O segmento de artigos de uso pessoal
e doméstico foi o que apresentou maior crescimento
no varejo cearense, com alta de 16,2%, conforme
o IBGE. Resultado foi influenciado pela
compra de presentes para as mães

As compras de presentes para o Dia das Mães e de produtos relacionados à Copa do Mundo de Futebol puxaram as vendas do varejo do Ceará para um avanço de 3,3% em maio deste ano, na comparação com igual mês do ano passado, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada, ontem (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou próximo à alta de 4% projetada para o mês pelos lojistas, de acordo com o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE), Freitas Cordeiro.

Entre os estados do Nordeste, o Ceará foi apenas o quarto com o maior crescimento, atrás do Rio Grande do Norte (9%), Alagoas (4,3%) e até mesmo Maranhão (3,4%). O Ceará, no entanto, apresentou resultados melhores que a média nacional para o período (2,7%).

Freitas afirma que maio é sempre o melhor mês do primeiro semestre do ano para o comércio devido à importante data comemorativa do Dia das Mães. "O varejo é movido pelas datas comemorativas. Então, o Dia das Mães tem um impacto positivo muito grande nesse período", explica o presidente da FCDL-CE.

Produtos
Diante disso, os artigos de uso pessoal e doméstico foram os que mais cresceram em volume de vendas no mês de maio deste ano, avançando 16,2%, segundo a pesquisa do IBGE.

Outra área que apresentou incremento considerável foram os equipamento e materiais para escritório, informática e comunicação, com elevação de 6,6%. Em seguida, aparece a classe de supermercados, produtos alimentícios e bebidas, registrando acréscimo de 5,5%. Os quatro grupos restantes levados em conta no levantamento apresentaram queda em maio relação ao mesmo mês de 2017.

Móveis e eletrodomésticos, apesar da expectativa, apresentaram uma redução no volume de vendas de 2,1%. "A Copa gerou uma expectativa que impactou nesse segmento e as próprias lojas estavam oferecendo muitos descontos, campanhas e bonificações, principalmente para os eletrodomésticos", explica Cordeiro os artifícios utilizados pelos lojistas para atrair o consumidor, mas que, no entanto, não surtiram o efeito desejado.

Construção e veículos
O varejo ampliado do Ceará, que inclui os segmentos de veículos e construção civil, apresentou patamar de crescimento mais modesto que o restrito, influenciado pelas variações negativas dos dois grupos, em especial. Entre eles, está o da construção civil, que registrou retração de 14,4%. "São investimentos a longo prazo, então o setor precisa que a economia esteja estabilizada para deslanchar", esclarece Freitas Cordeiro.

De acordo com Freitas, o setor é muito influenciado pelos programas de habitação do governo. "Algumas pessoas só conseguem comprar um imóvel com esses incentivos. Então impacta muito nos números da construção. Por outro lado, as casas populares não representam muita coisa nos resultados do segmento como um todo", pontua.

Já as vendas de veículos, motocicletas e peças automotivas ficaram estáveis, com variação negativa de 0,1%. "Mas já começou a melhorar. Em junho e neste mês tivemos um crescimento bem expressivo e até surpreendente de veículos. Mas ainda é segmentado. Na Bahia, por exemplo, não foi observada essa melhora, diferente daqui", ressalta o presidente da FCDL-CE.        (Diário do Nordeste)

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