As
compras de presentes para o Dia das Mães e de produtos relacionados à Copa do
Mundo de Futebol puxaram as vendas do varejo do Ceará para um avanço de 3,3% em
maio deste ano, na comparação com igual mês do ano passado, segundo a Pesquisa
Mensal do Comércio (PMC), divulgada, ontem (12), pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou próximo à alta de 4%
projetada para o mês pelos lojistas, de acordo com o presidente da Federação
das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE), Freitas Cordeiro.
Entre
os estados do Nordeste, o Ceará foi apenas o quarto com o maior crescimento,
atrás do Rio Grande do Norte (9%), Alagoas (4,3%) e até mesmo Maranhão (3,4%).
O Ceará, no entanto, apresentou resultados melhores que a média nacional para o
período (2,7%).
Freitas
afirma que maio é sempre o melhor mês do primeiro semestre do ano para o
comércio devido à importante data comemorativa do Dia das Mães. "O varejo
é movido pelas datas comemorativas. Então, o Dia das Mães tem um impacto
positivo muito grande nesse período", explica o presidente da FCDL-CE.
Produtos
Diante
disso, os artigos de uso pessoal e doméstico foram os que mais cresceram em
volume de vendas no mês de maio deste ano, avançando 16,2%, segundo a pesquisa
do IBGE.
Outra
área que apresentou incremento considerável foram os equipamento e materiais
para escritório, informática e comunicação, com elevação de 6,6%. Em seguida,
aparece a classe de supermercados, produtos alimentícios e bebidas, registrando
acréscimo de 5,5%. Os quatro grupos restantes levados em conta no levantamento
apresentaram queda em maio relação ao mesmo mês de 2017.
Móveis
e eletrodomésticos, apesar da expectativa, apresentaram uma redução no volume
de vendas de 2,1%. "A Copa gerou uma expectativa que impactou nesse
segmento e as próprias lojas estavam oferecendo muitos descontos, campanhas e
bonificações, principalmente para os eletrodomésticos", explica Cordeiro
os artifícios utilizados pelos lojistas para atrair o consumidor, mas que, no
entanto, não surtiram o efeito desejado.
Construção
e veículos
O
varejo ampliado do Ceará, que inclui os segmentos de veículos e construção
civil, apresentou patamar de crescimento mais modesto que o restrito,
influenciado pelas variações negativas dos dois grupos, em especial. Entre
eles, está o da construção civil, que registrou retração de 14,4%. "São
investimentos a longo prazo, então o setor precisa que a economia esteja
estabilizada para deslanchar", esclarece Freitas Cordeiro.
De
acordo com Freitas, o setor é muito influenciado pelos programas de habitação
do governo. "Algumas pessoas só conseguem comprar um imóvel com esses
incentivos. Então impacta muito nos números da construção. Por outro lado, as
casas populares não representam muita coisa nos resultados do segmento como um
todo", pontua.
Já
as vendas de veículos, motocicletas e peças automotivas ficaram estáveis, com
variação negativa de 0,1%. "Mas já começou a melhorar. Em junho e neste
mês tivemos um crescimento bem expressivo e até surpreendente de veículos. Mas
ainda é segmentado. Na Bahia, por exemplo, não foi observada essa melhora,
diferente daqui", ressalta o presidente da FCDL-CE. (Diário do Nordeste)
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