O Plenário da Câmara Municipal do Crato ficou lotado durante o Seminário sobre Orçamento Participativo, na última sexta-feira, dia 3. Promovido pelo vereador Amadeu de Freitas (PT), o tema despertou o interesse de cratenses.

Para Amadeu, mesmo reconhecendo os limites de investimento do município "(...) O Crato precisa evoluir para um modelo de orçamento participativo em que os participantes tenham poder de deliberação (...)".

O professor Meneleu Neto realizou palestra apresentando a experiência do Orçamento Participativo (OP) da Prefeitura de Fortaleza no período de 2005 a 2012, na gestão da prefeita Luizianne Lins.

Ele mostrou o formato de participação da população na definição das prioridades, na eleição de representantes para o Conselho do OP e no acompanhamento da execução das obras e serviços públicos aprovados.

Professor da UECE e ex-secretário de Planejamento de Fortaleza, Meneleu, também demonstrou que a participação da população no planejamento do orçamento público é capaz de inverter prioridades em uma cidade com muita desigualdade social.

Ele Defendeu a adoção do Orçamento Participativo como mecanismo da democracia participativa para o enfrentamento da crise financeira por que passam os municípios brasileiros.

A professora da URCA, Francisca Laudeci abordou o tema da sustentabilidade, em diversas dimensões, para justificar a participação da sociedade na elaboração das políticas públicas e na priorização dos investimentos públicos através do Orçamento Participativo.

Já o Ouvidor Geral do Município do Crato, Otoni Bezerra, relatou as medidas que vêm sendo adotadas pela gestão municipal do Cato para que a população participe com sugestões da elaboração das leis orçamentárias. Indicou que, tendo como base os projetos do Plano Plurianual, o governo vai ouvir as sugestões da população na elaboração do Orçamento Anual para 2019.

Após as palestras, o público presente participou com questionamentos quanto à implementação do Orçamento Participativo no Município do Crato. Diversas falas cobraram outra participação que não aquela em que são feitas sugestões, mas que os projetos não são executados. Desejam um orçamento verdadeiramente participativo e não consultivo.  (Blog do Boa)

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