Loja do Beco, de Juazeiro, é exemplo de negócio colaborativo. FOTO: Reprodução |
Como
apresentou Tânia Porto, articuladora do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae), a prática comercial de loja colaborativa é baseada em
compartilhamento, que funciona para quem queira comercializar produtos. O
modelo, como acredita, é um bom negócio, pois possibilita ao empresário
compartilhar condições como marketing, funcionários e localização, reduzindo
custos e sem que seja necessário estar constantemente presente na área
comercial.
Entre
as questões que ela observa para a instalação do novo negócio estão
formalização, contrato com os gestores da loja colaborativa e outros pontos que
estabeleçam as regras do negócio. As vantagens para o consumidor, como cita
Tânia, incluem o acesso a uma diversidade de produtos e atendimento
direcionado. “O princípio da loja colaborativa é envolver empreendedores, já
que trabalham no mesmo espaço, para gerar um crescimento mútuo de todos os
empreendedores”, afirma, ao destacar que os interessados no conceito devem
estar atentos aos aspectos que envolvem o negócio.
Em
Juazeiro, a Loja do Beco desenvolve o conceito de economia colaborativa há seis
meses. Tudo começou quando Francisco Jefferson e Ana Beatriz visitaram Salvador
e conhecerem algumas lojas colaborativas na capital da Bahia. O polo cultural
caririense lhes motivou a trazer a ideia para a região. A loja, então, saiu do
papel e ganhou forma no mês de fevereiro, quando os sócios e proprietários
inauguraram a Casa do Beco. Espaços como nichos, cabides e araras dão lugar aos
produtos criados por diferentes colaboradores, que contribuem por aluguel para
o funcionamento do local.
Conforme
destacou Francisco, nas lojas colaborativas, diferentemente de outros negócios,
apesar de o lucro contribuir para a logística, não é visto como a principal
meta. “A gente puxa mais para o lado do pertencimento”, explicou, ao destacar
que o foco da economia colaborativa é que todos deem condições, mutuamente,
para o sustento do negócio, levando em consideração o consumo consciente. Daí a
loja ter também um brechó, que recebe peças novas e usadas para serem
negociadas, junto aos antigos donos das peças, a preços acessíveis.
A
ideia colaborativa se expande a todo o prédio. Na loja há, ainda, um estúdio de
tatuagem colaborativo, que é alugado para tatuadores físicos que não possuem
espaço próprio. Entre os produtos estão peças de vestuário, joias, xícaras e
artigos de decoração. Os planos para o futuro incluem abrir um ateliê
colaborativo, que consiste em um espaço reservado para produção individual de
cada colaborador. Além disso, está a ideia de dar continuidade aos eventos
culturais promovidos junto aos colaboradores, que são voltados à ocupação dos
espaços públicos, como cineclubes e eventos de música.
Sobre
a Loja do Beco: Rua da Glória, 167 - Centro / Instagram @lojadobeco / Telefone:
(88) 2131-3219 (Jornal do
Cariri)
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