Produtos da palma foram apresentados no stand do IFCE durante a Expocrato |
Em
países como Índia e México e até em outras cidades do Ceará, a palma já é
matéria-prima para sucos, geleias e doces, entre outros produtos. Mas a
pesquisadora, que trabalha no campus de Crato do IFCE, explica que, apesar de
versátil, a palma é pouco aproveitada por falta de conhecimento ou até
preconceito, já que o uso mais conhecido é a alimentação animal.
Por
isso, um dos objetivos da pesquisa é apresentar as possibilidades da planta
para os produtores rurais: "A palma é uma realidade na vida dos nossos
estudantes [que convivem no meio rural]. A pretensão é que eles observassem o
que tem na sua produção familiar e fizessem o aproveitamento, porque a palma,
além de alimentar o animal e ter a questão da alimentação humana, colabora com
a convivência com o semiárido".
Segundo
ela, há estudos que comprovam que a planta ajuda a combater doenças como
cegueira noturna em recém-nascidos e até a fome ou a desnutrição. "A palma
tem um grande potencial nutricional, é rica em vitamina A, vitamina C, complexo
B, é fibrosa e tem vários tipos de aminoácidos essenciais para o
desenvolvimento humano, entre outros nutrientes", explica a pesquisadora.
Embora
Elizângela também produza geleias, sucos e outras receitas e trabalhe com elas
em sala de aula, a pesquisa trata especificamente da farinha de palma, que pode
ser usada, por exemplo, para fazer sequilhos. A ideia é avaliar a concentração
de nutrientes da farinha – com o processo de desidratação necessário para a
fabricação, eles podem ser reduzidos – e a aceitação dos estudantes do campus
ao biscoito. No futuro, é possível que ele passe a fazer parte do cardápio do
refeitório da instituição.
Geração
de renda
Entre
as possibilidades da palma forrageira, há também o viés econômico, como explica
Elizângela: "É uma cultura de fácil cultivo e beneficiamento simples. O
produtor pode melhorar sua renda, desenvolver produtos para venda. É uma
versatilidade muito grande que precisamos aproveitar, principalmente para essa
cultura, que é muito importante para a região semiárida".
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