A CSP tem contribuído para elevar as exportações. Em julho, os manufaturados de ferro e aço lideraram as vendas externas (US$ 173 milhões). FOTO: HELENE SANTOS |
Assim
como nos meses anteriores, os produtos manufaturados de ferro e aço lideraram
as exportações em junho deste ano, somando US$ 173 milhões. Em seguida aparecem
as ligas em aço (US$ 20,7 milhões) e peças para máquinas (US$ 12,3 milhões). E
o principal destino dos produtos locais foram os Estados Unidos, que
representou mais da metade dos envios locais, com US$ 141, 8 milhões. Em
seguida aparecem a Coreia do Sul (US$ 29,9 milhões), Canadá (US$ 25,8 milhões),
Alemanha (US$ 23,1 milhões e Argentina (US$ 5,1 milhões).
“A
operação Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) tem sido crucial para que a gente
tenha, sucessivamente, obtido esses valores de exportação”, diz o economista Alex
Araújo. “Cada vez mais, os produtos siderúrgicos assumirão a dianteira das
nossas exportações, deixando para trás produtos tradicionais da nossa pauta,
como os calçados, castanha, couros e frutas. A tendência é de permanência desse
movimento”.
Câmbio
Sobre
os efeitos da alta do dólar na balança do Estado, que em tese favorece as
exportações, Araújo diz que o maior impacto se deu nas importações, já que a
maior parte das importações do Ceará é de derivados de petróleo. “O expressivo
volume das exportações está mais relacionado com a indústria do Ceará do que
com a conjuntura internacional. Mas, por outro lado, os derivados de petróleo
que fazem parte da nossa matriz energética sofreram com a alta do dólar, como o
gás natural e os insumos para a indústria”.
No
ano, os produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado também lideram a
pauta de exportação, com US$ 735,5 milhões, seguido por “Calçado com sola
exterior e parte superior de borracha ou plástico” (US$ 95,0 milhões) e “Cocos,
castanha do Brasil e castanha de caju, frescos ou secos” (US$ 54,4 milhões).
Importações
Do
lado das importações, o Ceará comprou no mercado internacional US$ 275,5
milhões em julho, segundo maior valor mensal do ano. Deste total, as hulhas,
briquetes, bolas e combustíveis sólidos semelhantes, que servem para abastecer
tanto usinas térmicas como as siderúrgicas, responderam por US$ 50,1 milhões.
Em seguida, aparecem itens como gás de petróleo e outros hidrocarbonetos
gasosos (US$ 29,4 milhões) e trigo e mistura de trigo com centeio (US$ 29,1
milhões).
Assim
como ocorreu nas exportações, o maior emissor de produtos para o Ceará no mês
foram os Estados Unidos, com US$ 99,2 milhões. Em seguida aparecem a China (US$
44,3 milhões), Rússia (US$ 15,3 milhões), Colômbia (US$ 13,1 milhões) e Reino
Unido (US$ 12,2 milhões). No acumulado do ano, as importações cearenses já
somam US$ 1,578 bilhão, 19,9% a mais do que no mesmo período de 2017.
“Mês
após mês, o resultado da balança comercial do Ceará nos mostra os efeitos da
mudança da indústria de transformação no Ceará, que era majoritariamente
intensiva de mão de obra e vem passando para produtos de maior valor agregado”,
diz o economista Alex Araújo. (Diário do
Nordeste)
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