Conforme os dados da Pnad Contínua, pesquisa divulgada
pelo IBGE, o número de desocupados no Ceará caiu 9,2% em um ano,
passando de 520 mil pessoas para 472 mil. FOTO: Fabiane de Paula
O mercado de trabalho no Ceará segue com um grande déficit de vagas no segundo trimestre deste ano. Entre abril e junho, faltou emprego para 1,32 milhão de trabalhadores do Estado, o equivalente a 29,2% da população com idade para trabalhar, ou seja, com 14 anos ou mais. Apesar disso, o número de pessoas sem trabalho é menor que o mesmo período de 2017, quando havia 1,39 milhão de cearenses sem emprego, correspondente a 31,4% da população.

Os valores são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) trimestral, divulgados, ontem (16), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de subutilização da força de trabalho no Estado, que mede a quantidade de pessoas para as quais ainda falta emprego, compreende as pessoas desocupadas, as subocupadas por insuficiências de horas trabalhadas e aquelas na força de trabalho potencial.

Os desocupados, de acordo com o IBGE, são aqueles que não estão trabalhando, mas procuram emprego. Os subocupados por insuficiência de horas trabalhadas são as pessoas que trabalham em regime parcial de tempo e gostariam de uma segunda atividade ou de um emprego em período integral. Por último, a força de trabalho potencial são as pessoas procuraram trabalho, mas, por algum motivo, não estavam disponíveis para assumir de imediato ou não procuraram emprego e estavam disponíveis.

O número de desocupados no Ceará reduziu 9,2% de um ano para o outro. No segundo trimestre de 2017, o Estado somava 520 mil desocupados, enquanto no mesmo período deste ano o número passou para 472 mil trabalhadores.

Enquanto que os desocupados diminuíram, o número de ocupados cresceu, embora que de forma tímida. Entre abril e junho deste ano, o Ceará tinha 3,5 milhões de pessoas empregadas contra 3,4 milhões no mesmo período do ano passado, avanço de 4,4%.

A parcela de trabalhadores empregados no setor privado com carteira assinada ficou maior neste segundo trimestre do ano. O Ceará tem cerca de 915 mil pessoas nesta situação. No mesmo período do ano passado, esse número era de 894 mil. Ao mesmo tempo, os empregados no mesmo setor sem carteira assinada também cresceram. A taxa passou de 626 mil pessoas para 636 mil no segundo trimestre de 2017 e de 2018.

Brasil
Em todo o Brasil, a taxa composta de subutilização da força de trabalho teve ligeiro recuo de 24,7% no primeiro trimestre de 2018 para 24,6% no segundo trimestre do ano. O resultado equivale a dizer que faltava trabalho para 27,636 milhões de pessoas no País no segundo trimestre deste ano. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas estariam disponíveis para trabalhar. No segundo trimestre de 2017, a taxa de subutilização estava mais baixa, em 23,8%. (Diário do Nordeste)

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