Ela
não tem ficha suja, não enfrenta processos, nem teve contas rejeitadas como
gestora pública. Mas pode ficar inelegível nas eleições deste ano por um motivo
nada usual.
Irmã
mais nova do presidenciável Ciro Gomes (PDT), Lia Ferreira Gomes (PDT) não
realizou o recadastramento biométrico determinado pela Justiça Eleitoral e teve
o seu título cancelado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará.
Candidata
a uma cadeira na Assembleia Legislativa do Ceará, ela pode ser considerada
inelegível nas eleições deste ano. Em tese, como não está apta a votar, já que
teve o seu título cancelado, ela também não estaria apta a ser votada nas
eleições deste ano.
Eleitores
de 129 cidades cearenses tiveram que realizar o recadastramento biométrico para
poder votar nas eleições deste ano. Cerca de 5 milhões de eleitores
participaram do recadastramento, cujo prazo encerrou-se em 9 de maio.
Entre
as cidades que terão biometria obrigatória está Sobral, cidade que é berço
político dos Ferreira Gomes e onde Lia tem o seu título eleitoral registrado.
Segundo
o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o cadastro eleitoral foi encerrado em 10
de maio e qualquer atualização só poderá ser feita a partir de 5 de novembro.
Em
nota enviada à Folha, Lia Gomes afirma que, ao seu ver, a Justiça Eleitoral não
realizou um recadastramento, mas apenas uma revisão eleitoral para que o
eleitor possa ter o título de forma biométrica.
“Isto
[o cancelamento do título], a meu juízo, não afeta as condições de
elegibilidade. Tenho plena convicção que isto não será motivo impeditivo para
eu registrar minha candidatura a deputada estadual. A palavra final será da
Justiça Eleitoral”, afirma.
Esta
será a primeira vez que Lia Gomes disputará as eleições –ela ocuparia o espaço
político deixado pelo irmão Ivo Gomes, que era deputado estadual, mas foi
eleito para a prefeitura de Sobral em 2016.
Além
de Ciro e Ivo, os outros dois irmãos de Lia também estão na política: Cid
Gomes, ex-governador do Ceará, disputa uma cadeira no Senado nas eleições deste
ano. Já Lúcio Gomes ocupa uma secretaria na gestão do governador Camilo Santana
(PT). (Folhapress)
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