FOTO: André Nery |
Segundo
o ministro, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep) estuda atualmente como será a nova avaliação. A mudança será
feita a partir da BNCC, que define o conteúdo mínimo que deverá ser ensinado em
todas as escolas do país. Uma possibilidade é que haja modelos diferentes de
provas para avaliar os itinerários formativos estabelecidos no novo ensino
médio.
“O
Inep está estudando uma proposta em paralelo, enquanto se discute a BNCC, para
apresentar uma proposta para a sociedade brasileira assim que a BNCC tiver sido
aprovada. Nós vamos apresentar uma proposta ainda este ano se a base for
aprovada, como é o nosso desejo”, disse o ministro hoje (6) no 2º Congresso
Internacional de Jornalismo de Educação, organizado pela Associação de
Jornalistas de Educação (Jeduca).
Pelo
novo ensino médio, sancionado no ano passado, parte do currículo da etapa de
ensino, o equivalente a 1,8 mil horas deverá ser destinado ao conteúdo da BNCC.
O restante do tempo, que varia de acordo com a rede de ensino, será destinado à
formação específica. Os estudantes poderão escolher entre o aprofundamento em
linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino
técnico.
O
ministro também disse ser necessária uma adequação da formação do ensino médio,
que não pode ser voltada apenas para que os estudantes se saiam bem no Enem. “O
Enem precisa mudar. Não podemos fazer educação com Enem sendo o norte da
educação. Pela primeira vez, o Brasil terá a oportunidade de discutir o Enem,
que é porta de entrada [no ensino superior] e não porta de saída”, defendeu.
Atualmente,
o Enem é composto por provas de linguagens, matemática, ciências humanas,
ciências da natureza e redação. Neste ano, mais de 5,5 milhões se inscreveram
para o exame. As notas do exame podem ser usadas para concorrer a vagas no
ensino superio público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas em
instituições particulares de ensino superior pelo Programa Universidade para
Todos (ProUni) e a financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Formação
de professores
Também
a partir da BNCC, segundo Rossieli, será elaborada uma base nacional para a
formação de professores. Essa base poderá também ser apresentada para ser
discutida pela sociedade este ano caso a BNCC seja aprovada. “Como nação,
precisamos mostrar qual o perfil de formação para os professores. Tendo esse
perfil, tendo a BNCC, precisamos apoiar professores com formação continuada”,
disse. (Agência Brasil)
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