O
prazo para realização de convenções partidárias termina
neste domingo (5). Segundo a legislação eleitoral, as chapas
completas com os candidatos, vices, alianças ou coligações têm de ser
oficializadas até a próxima segunda-feira (6). Neste sábado (4),
Patriota, Podemos, Partido Novo, PT, PSDB e Rede confirmaram seus candidatos à
Presidência da República nas eleições de 2018.
Veja os candidatos confirmados até
agora:
Álvaro
Dias (Podemos)
O
senador Álvaro Dias foi escolhido pelos convencionais do Podemos para ser
candidato à Presidência da República. A candidatura do parlamentar pelo Paraná
foi oficializada em Curitiba, durante convenção nacional do partido. Na
primeira fala como candidato, Álvaro Dias anunciou que, se eleito, vai convidar
o juiz federal Sérgio Moro para ser ministro da Justiça, e repetiu a promessa
de “refundar a República”.
Ele
vai compor chapa com o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, cujo partido, o PSC, havia
decidido lançar candidatura própria à Presidência, mas desistiu em favor de uma
aliança com o Podemos. Além do PSC, fazem parte da coligação até agora os
partidos PTC e PRP.
Cabo Daciolo (Patriota)
A
convenção nacional do Patriota oficializou a candidatura do deputado federal
Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, o Cabo Daciolo. O evento ocorreu no
município de Barrinha, no interior de São Paulo. O candidato foi escolhido por
unanimidade. A candidata a vice escolhida foi Suelene Balduino Nascimento, do
mesmo partido. Ela é pedagoga com 23 anos de experiência e atua na rede pública
de ensino do Distrito Federal.
Daciolo
defende mais investimentos em educação e segurança por considerar áreas
essenciais para o crescimento do país. Em discurso durante a convenção, Daciolo
se posicionou contrário à legalização do aborto e à ideologia de gênero.
Ciro Gomes (PDT)
O
PDT confirmou no dia 20 de julho a candidatura de Ciro Gomes à Presidência
da República, na convenção nacional que reuniu filiados do partido.
O
partido ainda não definiu o candidato a vice-presidente. Esta é a
terceira vez que Ciro Gomes será candidato à Presidência da República: em 1998
e 2002, ele concorreu pelo PPS. Natural de Pindamonhangaba (SP), construiu sua
carreira política no Ceará, onde foi prefeito de Fortaleza, eleito em 1988, e
governador do estado, eleito em 1990. Renunciou ao cargo de governador, em
1994, para assumir o Ministério da Fazenda, no governo Itamar Franco
(1992-1994), por indicação do PSDB, seu partido na época. Ciro Gomes foi ministro
da Integração Nacional de 2003 a 2006, no governo do ex-presidente Lula. Tem 60
anos e quatro filhos.
Geraldo Alckmin (PSDB)
Em
convenção nacional realizada na capital federal, o PSDB confirmou a candidatura
do presidente do partido e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à
Presidência da República nas eleições de outubro. Dos 290 votantes, 288
aprovaram a candidatura de Alckmin. Houve um voto contra e uma abstenção. A
senadora Ana Amélia (PP-RS) é a vice na chapa.
No
primeiro discurso como candidato, Alckmin disse que quer ser presidente para
unir o país e recuperar a "dignidade roubada" dos brasileiros. Ele
defendeu a reforma política, a diminuição do tamanho do Estado e a
simplificação tributária para destravar a economia.
Guilherme Boulos (PSOL)
O
coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores SemTeto (MTST), Guilherme
Boulos, foi lançado no dia 21 de julho como candidato à Presidência da
República pelo PSOL, na convenção nacional em São Paulo. Também foi homologado
o nome de Sônia Guajajara, representante do povo indígena, para
vice-presidente.
Boulos
destacou que irá defender temas que pertencem aos princípios do partido, como o
direito ao aborto e à desmilitarização da polícia.
Henrique Meirelles (MDB)
O
MDB confirmou no dia 2 de agosto o nome do ex-ministro da Fazenda Henrique
Meirelles como candidato à Presidência da República. Hoje, o partido informou
que Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul, será o vice na chapa.
Henrique
Meirelles destacou como prioridades investimentos
em infraestrutura, para diminuir as distâncias no país, além
de saúde e segurança pública. O presidenciável também
prometeu reforçar o Bolsa Família. Para gerar empregos, Meirelles
disse que pretende resgatar a política econômica, atrair
investimentos e fazer as reformas para que o país cresça 4% ao ano.
Jair Bolsonaro (PSL)
O
deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), 63 anos, foi confirmado no dia 22 de
julho como o candidato à Presidência da República nas eleições deste ano
pelo PSL. A chapa ainda não tem vice.
Na
convenção, Bolsonaro adiantou que, se eleito, quer excluir o ministério das
Cidades e fundir pastas como Fazenda e Planejamento, assim como Agricultura e
Meio Ambiente.
O
candidato prometeu ainda privatizar estatais.
João Amoêdo (Partido Novo)
João
Dionisio Amoêdo foi oficializado candidato à Presidência da República pelo
Partido Novo durante convenção na capital paulista. O cientista político
Christian Lohbauer foi escolhido como candidato à vice-presidente. Entre as
principais propostas de Amoêdo estão equilibrar as contas públicas, acabar com
privilégios de determinadas categorias profissionais, melhorar a educação
básica e atuar fortemente na segurança. O presidenciável também é favorável à
revisão do Estatuto do Desarmamento.
João
Amoêdo disse que quer levar renovação à política e mudar o Brasil. O
presidenciável defendeu a privatização de empresas estatais.
José Maria Eymael (DC)
O
partido Democracia Cristã (DC) confirmou no dia 28 de julho, durante convenção
na capital paulista, a candidatura de José Maria Eymael à Presidência da
República, nas eleições de outubro, e do pastor da Assembleia de Deus Helvio
Costa como vice-presidente.
Na
área econômica, as diretrizes gerais de governo do DC incluem política
macroeconômica orientada para diminuição do custo do crédito ao setor
produtivo, apoio e incentivo ao turismo e a valorização do agronegócio com
ações de governo específicas, que ainda não foram divulgadas, e apoio aos
pequenos e médios produtores rurais.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
A
convenção nacional do PT escolheu, por aclamação, o nome de Luiz Inácio Lula da
Silva para ser o candidato à Presidência da República. Não foi definido quem
será o vice-presidente na chapa de Lula. O encontro também homologou o apoio do
PCO e do PROS à candidatura do PT.
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba, desde 7 de
abril, após ter sido
condenado em segunda instância no caso do triplex de
Guarujá. O ator Sérgio Mamberti leu uma carta escrita por Lula, onde
ele afirmou que "querem fazer uma eleição presidencial de cartas
marcadas, excluindo o nome que está à frente na preferência popular em todas as
pesquisas".
Manuela D' Ávila (PCdoB)
A
deputada estadual Manuela D'Ávila foi confirmada pelo PCdoB no dia 1º de agosto
como candidata do partido à Presidência da República.
Depois
de ter a candidatura lançada com apoio unânime dos delegados do partido,
Manuela D'Ávila apresentou bandeiras como a da reforma da segurança pública, a
justiça tributária, o combate às grandes corporações e a revogação da reforma
trabalhista e da emenda constitucional que estabeleceu um teto para os gastos
públicos por 20 anos. Ela criticou o “desemprego recorde”, a queda da massa
salarial e a evasão de jovens de universidades e escolas técnicas.
Marina Silva (Rede)
A
primeira convenção nacional da Rede Sustentabilidade confirmou, por aclamação,
o nome Marina Silva como candidata da sigla à Presidência da República. O
candidato à vice na chapa, o médico sanitarista, Eduardo Jorge, do Partido
Verde (PV), também foi apresentado oficialmente no encontro.
A
presidenciável prometeu uma campanha limpa, sem notícias falsas e sem destruir
biografias. Se comprometeu com as reformas da Previdência, tributária e
política, que acabe com a reeleição e incentive candidaturas independentes. Se
eleita, Marina também disse que pretende fazer uma revisão dos “pontos
draconianos” da reforma trabalhista que, segundo ela, seriam feitas a partir de
um diálogo com o Congresso.
Vera Lúcia (PSTU)
Em
convenção nacional, o PSTU oficializou no dia 20 de julho a candidatura de
Vera Lúcia à Presidência da República e de Hertz Dias como vice na chapa. A
escolha foi feita por aclamação pelos filiados ao partido presentes na quadra
do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, na zona leste da capital paulista.
De
acordo com Vera Lúcia, o plano de governo prevê reforma agrária, redução da
jornada de trabalho sem redução de salário e um plano de obras públicas
para atender as necessidades da classe trabalhadora.
O
PSTU decidiu que não fará nenhuma coligação para a disputa presidencial, nem
alianças nas eleições estaduais. (Agência Brasil)
Postar um comentário