Sem vice e por aclamação, o Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou, neste sábado (4), a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Lava-Jato, à Presidência da República. O partido organizou um encontro nacional na Casa de Portugal, em São Paulo para sacramentar a decisão.

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), reforçou que o partido vai registrar a candidatura de Lula no dia 15 de agosto. "Essa é a ação mais confrontadora que fazemos contra esse sistema podre por parte da Justiça, que não faz outra coisa a não ser perseguir Lula", discursou Gleisi. 

Gleisi atacou, em seu discurso, o governo de Michel Temer, a mídia tradicional e o sistema financeiro. "Em alto e bom som", disse a dirigente, o partido faz questão de falar que Lula é candidato e que será registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Não vão conseguir, de jeito nenhum, tirar Lula do jogo. Não existe política no Brasil sem falar de Lula e sem falar do PT."

A convenção começou com discursos e gritos de ordem para negar que o PT tenha um "plano B" à candidatura de Lula, embora discuta alternativas nos bastidores. 

"Quero ver esse povo brasileiro eleger o Lula e o poder judiciário não dar posse ao Lula. Não briguem com esse povo, não briguem com os brasileiros. Eu quero ver eles pirarem e impedirem a candidatura de Lula, esse povo se levantará", disse o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ).

O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), insistiu no discurso que não há "plano B, nem plano C", e que a única estratégia do partido é a candidatura do ex-presidente, preso e condenado na Lava-Jato.

Militantes do partido soltaram gritos de guerra para também negar uma alternativa ao discurso oficial do PT. "Não tem plano B, primeiro turno é Lula do PT", disseram os apoiadores, portando tambores e outros instrumentos.

Vice
Nos bastidores, o partido se movimenta para definir um vice na chapa da campanha presidencial. Enquanto Lula transmitiu um recado com a preferência que o nome seja anunciado só na véspera do registro da candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 15 de agosto, advogados e dirigentes petistas defendem que o nome seja definido até segunda-feira (6), quando o partido deve oficializar o que decidiu na convenção, de acordo com entendimentos na Justiça Eleitoral. 

O encontro nacional teve um tom de negar que o partido tenha um "plano B" à candidatura de Lula e que a eleição do ex-presidente representa um combate ao governo do presidente Michel Temer.    (Estadão)

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