O Governo vai tentar antecipar para o início de setembro o funcionamento das novas regras do plano de saúde dos servidores do Estado. A proposta de normatização está prevista para ser votada pelo Conselho de Gestão do Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará (Issec) já na próxima semana. Pelas contas do secretário do Planejamento e Gestão do Estado, Maia Júnior, se pelo menos metade dos servidores aderir ao plano, será possível triplicar o volume de recursos em assistência a saúde do funcionalismo.

Dentre as principais mudanças previstas na lei aprovada em abril pela Assembleia Legislativa, o servidor passará a pagar uma contrapartida pelo plano. O valor, calculado de acordo com a renda e a idade do beneficiário, pode variar entre R$ 18 e R$ 405 por vida. O serviço também passa a ter um conselho gestor composto por representantes do Estado e servidores.

"Estamos implantando o procedimento, fazendo os ajustes, para poder abrir a adesão. O desejo é que 100% o façam, mas é livre. Se pelo menos 50% dos servidores, ativos e inativos, ingressarem, a arrecadação do Issec vai para algo em torno de R$ 290 milhões, três vezes mais do que é a disponibilidade de recursos a patamares de hoje", afirmou o secretário, após participação no programa O Povo Quer Saber.

O Estado também aumentou a sua contribuição de R$ 100 milhões para R$ 130 milhões por ano. Hoje a base de cadastro aponta para 242 mil usuários. Apenas 146 mil estão continuamente utilizando os serviços do Issec, conforme o superintendente do órgão, Olavo Peixoto.

Ele ressaltou que a ideia é que, na medida em que o plano se torne financeiramente mais sustentável, o número de postos de atendimento, hoje 600 locais em 41 municípios, e o leque de especialidades cobertas também aumentem. "Principalmente no Interior".

Atualmente, cada usuário tem direito a uma consulta por mês, doze por ano. Pelas novas regras, serão quatro consultas gratuitas anuais e a partir da quinta será cobrada uma coparticipação, cujo valor está sendo definido. Exames e internação, no entanto, não têm limitação.

Para o coordenador-adjunto do Fórum Unificado de Servidores (Fuaspec), José Francisco Rodrigues, a expectativa é que as dificuldades para conseguir agendar uma consulta terminem. "Como pagava pouco, teve muito descredenciamento. Agora, a nossa expectativa é a melhor possível, porque a gente vai pagar, mas fica também dentro do controle do servidor". (O Povo)

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