A
brigada de incêndios formada por voluntários da SAAEC e da Guarda Civil do
Crato, treinada entre os dias 10 e 11 passados, já está atuando na prevenção e
combate a incêndios na Floresta Nacional do Araripe. Desde a formação, os
brigadistas já trabalharam para eliminação de três focos originários de
queimadas realizadas por proprietários de terrenos, sem a devida licença,
portanto irregulares e passíveis de multa e sansões penais.
Um
esforço conjunto se faz necessário para preservar a Floresta Nacional do
Araripe (FLONA), principalmente no que diz respeito aos incêndios que podem
destruir grande parte da flora e fauna, se não forem contidos imediatamente.
Atualmente a administração da FLONA conta com 12 brigadistas contratados,
número que não chega a ser metade do ideal para cobertura da floresta, segundo
Verônica Figueiredo, coordenadora do Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio).
Buscando
iniciar uma ação coordenada para otimizar o combate aos incêndios na chapada,
26 voluntários, sendo 10 colaboradores da SAAEC e 16 da Guarda Municipal do
Crato foram treinados para reforçar a equipe de brigadistas. A iniciativa serve
também como incentivo para que outros órgãos e municípios da região possam se
aliar a este esforço para preservação deste patrimônio ambiental de valor
inestimado.
Os
incêndios florestais são mais suscetíveis a acontecer durante o segundo
semestre do ano devido as elevadas temperaturas e a imprudência e negligência
de moradores da região que realizam queima de lixo e renovação de pastagens,
segundo dados levantados pelo ICMBio. Portanto além da formação de brigadistas
é necessário que proprietários rurais se comprometam com a defesa de suas
propriedades para inibir qualquer foco que possa se alastrar.
Os
danos causados pelas queimadas são imensos, o solo fica desprotegido
dificultando a absorção da água das chuvas desencadeando desmoronamentos e a
diminuição da vazão de fontes naturais. Outro fator preocupante é o impacto
sobre a fauna, principalmente o Soldadinho do Araripe, ave endêmica ameaçada de
extinção que se encontra em fase de reprodução nesse período mais crítico do
ano com relação aos incêndios.
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