No programa, Haddad é apresentado após uma música que diz que na "seca a esperança vive" e que "Haddad é Lula". FOTO: Ricardo Stuckert |
Como
mostrou a reportagem, o PT já se prepara para retirar
a candidatura de Lula na próxima
terça-feira (11), prazo fixado pela Justiça para sua substituição.
Assim
como no sábado (1º), a propaganda foi aberta com a leitura da decisão do Comitê
dos Direitos Humanos da ONU que defende o direito de Lula de ser candidato.
Dessa vez, porém, acrescentou a informação de que a candidatura do petista foi barrada pelo TSE.
Na
sequência, o petista aparece defendendo os feitos de seus governos e prometendo
um país melhor.
"O
povo sabe o que aconteceu no período em que governamos esse país. Esse povo
sorria. Esse povo comia. Esse povo trabalhava. Esse povo recebia salário. Esse
povo estudava. Ele sabe disso, que nós fizemos um Brasil melhor nesses 12 anos
e isso é possível a gente devolver para o povo", afirma Lula.
Na
conta, o ex-presidente exclui o tempo do segundo mandato de Dilma Rousseff, que foi
afastada do cargo em maio de 2016 e teve seu processo de impeachment concluído
em agosto do mesmo ano.
Haddad
é então apresentado após uma música que diz que na "seca a esperança
vive" e que "Haddad é
Lula". O ex-prefeito faz um juramento de lealdade ao
ex-presidente e promete aos brasileiros devolver o país deixado pelo petista.
"Os
que perseguem Lula perseguem o povo brasileiro. Ele está preso, enquanto o
governo Temer bagunça o país, corta os
direitos do povo, entrega nossas riquezas aos estrangeiros.
Aqui, faço um juramento de lealdade ao ex-presidente Lula. Não vamos descansar.
Vamos libertar os brasileiros de toda essa injustiça", diz.
O
TSE determinou nesta segunda (3) que o PT não poderia utilizar o mesmo material
transmitido no sábado, em que Lula continuava como candidato da chapa, apesar
do veto da corte.
No
material transmitido nesta terça, o trecho do jingle da campanha do PT, que antes
dizia "chama que o homem dá jeito", foi alterado para "chama que
o 13 dá jeito" e "Lula é Haddad, é o povo". A peça é encerrada
com a fala de um rapaz, que diz que Haddad representa o sonho de milhares de
jovens.
Os
programas das demais campanhas tiveram poucas alterações. Geraldo Alckmin
(PSDB) seguiu fazendo críticas a Jair Bolsonaro (PSL), que sem tempo apenas diz
o nome da coligação que o apoia. O programa do tucano destacou a rede de
tratamento ao câncer em São Paulo, ouvindo relatos de pacientes e prometendo
estender a ação para o restante do país.
Marina
Silva (Rede) citou a morte do menino Marcos Vinícius, 14 anos, baleado a
caminho da escola na favela da Maré, no Rio de Janeiro. A candidata eleva o tom
de voz para dizer que não dá mais para aceitar políticos que se escondem em
palácios e no Congresso.
Ciro
Gomes (PDT) voltou a falar de seu programa de refinanciamento de dívidas e
Henrique Meirelles (MDB) repetiu seu programa, em que diz ter sido chamado por
Lula e para limpar a bagunça deixada por Dilma. Na propaganda do PSOL, o ator
Wagner Moura pede votos para Guilherme Boulos, o candidato que segundo ele é
capaz de acabar com a esculhambação. (Folhapress)
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