Com
o sistema previdenciário público brasileiro beirando um rombo de R$ 300 bilhões
e na pauta permanente das reformas estruturais, analistas reforçam a
necessidade dos produtos privados de poupança, abertos ou fechados, como opção para
quem busca tranquilidade financeira na terceira idade. Mesmo considerando o
cenário, apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
em que até 2060, um a cada quatro brasileiros será considerado idoso, os
aportes realizados, no primeiro semestre de 2018 em planos de previdência
privada aberta no Ceará representam apenas 2,3% dos investimentos totais do
Brasil. Dos R$ 51,42 bilhões registrados pela Federação Nacional de Previdência
Privada e Vida (FenaPrevi), em novos aportes nos planos de previdência privada
aberta - gerenciados por instituições financeiras, como os bancos -, apenas R$
1,83 bilhão é referente ao Ceará.
Já
no mercado de previdência complementar fechada, no qual a administração é feita
por fundos de pensão voltados a classes laborais, por exemplo, cinco
instituições acumulam, no Estado, R$ 6,38 bilhões em ativos. No País, segundo
dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar (Abrapp), os investimentos totais são do patamar de R$ 810,89
bilhões.
Para
o economista Alex Araújo, os números no Ceará para a previdência privada estão
dentro da realidade estadual, considerando a fatia de participação no Produto
Interno Bruto (PIB) nacional, que se mantém no mesmo patamar. No entanto, o
economista afirma que o cenário de incertezas do sistema previdenciário
público, a médio e longo prazo, deveria ter alertado as pessoas a procurarem
outras alternativas para não dependerem apenas dos benefícios públicos do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). (Diário do Nordeste)
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