Com forte participação dos empregos gerados gerado pelo setor público, o Ceará encerrou o ano de 2017 com 1.464.948 empregos formais, 21.583 a mais na comparação com 2016 (1.443.365) De acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada nessa sexta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em números relativos, o Estado apresentou avanço de 1,5% - dado acima da média do País, que teve crescimento de 0,5% no período.

A Administração Pública foi principal destaque em 2017. No ano passado, foram 404.399 empregos formais no setor, 34.61 a mais que os 369.758 em 2016, conforme os dados da Rais. Além da Administração Pública, os Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) - empregos ligados ao fornecimento de serviços essenciais à população como fornecimento de água e energia, por exemplo - também tiveram saldo positivo de vagas formais entre 2016 e 2017, com 506 postos de trabalho. O setor de Serviços encerrou o ano passado com 311 vagas a mais no mercado formal na comparação com 2016. A Agropecuária ficou com 15 postos a mais.

Em contrapartida, quatro setores da economia cearense apresentaram queda em 2017. A Indústria de Transformação ficou com 6.488 postos a menos e a Construção Civil perdeu 5.249 vagas na comparação com 2016, seguida pelo Comércio (-1.855) e pela Extrativa Mineral (-298). Para o economista e técnico do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), Ediran Teixeira, os números revelam que, de um modo geral. Houve desemprego na iniciativa privada. "A economia ainda está vivendo do que o estado emprega. Isso é muito ruim, porque significa que os investimentos privados ainda não voltaram".

Ele avalia que é preciso uma reavaliação das políticas de estímulo à iniciativa privada para que seja retomado o investimento. "A produção não retomou o crescimento, a indústria ainda está decadente. Por isso o mercado de trabalho não reage no setor privado", diz Teixeira.

Ele acredita que os concursos públicos em âmbito municipal e estadual foram responsáveis por impulsionar os números de vagas formais no Ceará em 2017. "Foi realmente a iniciativa do setor público, no Município e no Estado, com a contratação de policiais, que fez com que esse saldo crescesse. Se você analisa os 35 mil empregos do setor público e considera o saldo de 21 mil, significa que o setor privado demitiu 14 mil pessoas", diz, acrescentando ainda que é importante levar em consideração o efeito base da pesquisa. "É um crescimento muito pequeno, porque a gente compara com uma base muito ruim, que é 2016", detalha.


Municípios
Entre os municípios cearenses, a Caucaia foi o de maior destaque na geração de vagas formais em 2017, com 3.451 postos. A cidade de Maranguape ganhou 2.223 vagas a mais na comparação com 2016. São Gonçalo do Amarante encerrou com 2.149, seguido por Sobral (1.474); Aracati (1.318); Horizonte (1.204) e Jaguaruana (1.019).         (Diário do Nordeste)

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