O
medicamento Ritalina, usado no tratamento de crianças e jovens com
hiperatividade ou déficit de atenção, está em falta tanto na rede pública
quanto nas farmácias do Ceará há pelo menos um mês. Devido à falta da
medicação, pacientes têm o tratamento afetado.
Marcia
Fonseca diz que não conseguiu adquirir o medicamente para o tratamento do
filho, que tem Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Ela
diz que já foi em diversas farmácias, mas todas informam que a medicação está
em falta no país.
O
gerente de vendas Cláudio Linhares comenta que, como não consegue comprar nem
receber a Ritalina nos postos de saúde, acaba perdendo a validade das receitas
para o filho. Isso gera um custo extra, já que ele precisa levar o filho para
mais consultas para tentar adquirir o remédio.
"Todo
mês tem um problema. Se eu não conseguir a medicação até a data exata, nós
perdemos precisa a receita e precisa de uma nova consulta médica. Essa luta é
mensal. Acho que, por ser um medicamento do plano do Governo, pra gente não é
cabível a alegação que não tem disponibilidade. O governo deveria sempre ter um
estoque remanescente".
A
psiquiátra Valéria Novaes afirma que a falta da Ritalina prejudica o tratamento
dos pacientes. "O tratamento é feito por medicamento para o controle dos
sintomas. A criança hiperativa fica mais calma. Se faltar, as crianças não
conseguem estudar, fazer as atividades escolares com atenção. Isso prejudica
também as atividades lúdicas".
Regularização
O
Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sinfarce) informou que existem
medicamentos similares, mas a mudança deve ser indicada somente pelo médico
devido a efeitos colaterais.
A
Novartis, empresa responsável pela fabricação da Ritalina, comunicou que o
problema é causado pela falta da matéria prima do medicamento, que é importada.
A empresa acrescentou a regularização deve acontecer em até sessenta dias. (G1 CE)
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