Desde o início da campanha, Francisco Gonzaga (PSTU) não tem tido agenda em alguns dias. FOTO: Fabiane de Paula |
Dentre
os seis postulantes a governador, Mikaelton Carantino, do PCO, não divulgou,
até agora, nenhuma atividade que tenha realizado na Capital ou no Interior do
Estado. Ele também não apareceu ainda no horário eleitoral gratuito em rádio e
TV, e, conforme admite, não há previsão para isso. Embora o PCO tenha recebido,
nacionalmente, R$ 980,6 mil do fundo eleitoral, o candidato ainda não declarou
despesa à Justiça Eleitoral.
"A
gente já chegou a passar dois dias (sem fazer atividade), porque não tinha
dinheiro nem para o combustível. (...) Tudo é centralizado na (Executiva)
Nacional, que pegou os nossos dados, disse que ia fazer (a transferência do
recurso) e não fez", reclama Carantino.
O
candidato do PSTU, Francisco Gonzaga, também tem sentido dificuldade de
imprimir ritmo à campanha. Primeiro, observa ele, por integrar um partido que
conta com, no máximo, 15 militantes. É esse grupo que ajuda a organizar a
agenda de campanha, que chegar a ficar vazia em alguns dias. A
"limitação" de recursos é outro desafio.
"Vamos
ter um valor destinado em torno de R$ 29 mil, mas a gente está fazendo a
campanha. A concentração do nosso trabalho tem sido nas garagens de ônibus, nos
canteiros de obras, nas fábricas", relata. Gonzaga, que já declarou à
Justiça doação de R$ 800 de pessoa física, teve, até agora, propaganda exibida
apenas na TV.
Já
Hélio Góis, do PSL, diz que concentra atividades, majoritariamente, nos fins de
semana. Segundo ele, a campanha é feita por voluntários, que não "ficam à
disposição do partido". Embora ainda não tenha declarado receita à Justiça
Eleitoral, porém, o candidato diz ter arrecadado cerca de R$ 800 por meio de
"vaquinha" virtual.
Visitas
Segundo
o candidato, a falta de recursos tem limitado visitas ao Interior e até
impossibilitou a veiculação de programas em rádio e TV na última sexta-feira
(31). Ele ressalta, porém, que a "situação já foi normalizada". Com
material "jejuno", Hélio Góis afirma que conta com os debates e as
redes sociais para dar visibilidade à candidatura.
Já
para o candidato do PSOL, Ailton Lopes, o ritmo da campanha está "tão bom
que está cansativo". Ele diz que já visitou, pelo menos, 20 municípios no
pleito, mas pondera que o pouco tempo de campanha expõe
"desigualdade" em relação a "campanhas mais abastadas".
"A gente vai de carro para uns municípios, de ônibus para outros. E as
redes virtuais têm sido úteis nesse sentido da gente poder chegar a um
município, sem ter chegado lá presencialmente".
De
acordo com o DivulgaCand, Ailton Lopes recebeu, até agora, R$ 97,7 mil para a
campanha, sendo R$ 91,4 mil do fundo eleitoral e R$ 5,2 mil de financiamento
coletivo via internet e de doações de pessoas físicas. (Diário do Nordeste)
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