No Cariri, há em torno de 300 a 400 bombeiros civis.
FOTO: Reginaldo Silva
Juazeiro do Norte. Apesar da Lei Municipal de nº 4390A, de 13 de outubro de 2014, que obriga a contratação de bombeiros civis nos estabelecimentos privados de grande porte como shopping center, casas de shows, parques de eventos, hipermercados, universidades e indústrias, apenas uma empresa, o Cariri Garden Shopping, cumpre a legislação, segundo a Federação Brasileira de Bombeiros Civil (Febrabom).

Responsáveis, principalmente, pela prevenção de incêndios e outros acidentes, os bombeiros civis também fazem vistorias periódicas, avaliação de riscos em prédios, implementação de planos de evacuação, resgate de pessoas e intervenção em acidentes elétricos, hidráulicos e de produtos químicos. Além disso, dão o primeiro combate às chamas e realizam atendimento pré-hospitalar até a chegada dos bombeiros militares e dos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), respectivamente. 

“O que falta para isso é a fiscalização e conscientização dos empresários. Eles pensam no custo e não no benefício”, acredita Tiago da Silva de Souza, diretor do núcleo regional da Febrabom, que tem sede em Crato. O órgão responsável pela fiscalização em Juazeiro do Norte é a Secretaria Municipal de Segurança Pública.

Incêndios florestais
No Cariri, há em torno de 300 a 400 bombeiros civis, quase o triplo do efetivo de bombeiros militares. Contudo, Tiago acredita que a ausência de sua categoria no combate a incêndios florestais acontece por causa do “ego”. “A Febrabom é a única instituição que tem um curso de brigada de incêndios fornecida pelo ICMBio. A gente tem autorização, mas somos impedidos”, garante. 

Isto foi tema de uma denúncia ao Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), pela própria Febrabom, mas que não foi adiante. “É uma pena ver nossa Chapada do Araripe queimar e o efetivo do Crato não chegar a 20 homens. Os bombeiros civis  poderiam somar”, completa Tiago.     (Blog Diário Cariri)

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