O
Bradesco adquiriu novamente o direito de administrar a folha de pagamento dos
163 mil servidores estaduais, aposentados e pensionistas, além da carteira de
fornecedores do Governo do Ceará. O aditivo, cujo valor a ser pago pela empresa
ao Estado é de R$ 454 milhões, tem vigência de cinco anos e deve ser assinado
nos próximos dias.
A
instituição financeira foi a única concorrente na licitação, que, geralmente, é
disputada por bancos públicos e privados. Apesar de apenas um participante no
certame, o Governo do Ceará chegou a se reunir, em julho deste ano, com
dirigentes do Santander, em São Paulo, e com representantes da Caixa Econômica
Federal, em Brasília. As negociações visavam à sensibilização das instituições
para participarem dos processos licitatórios e à melhora do valor de venda.
O
secretário da Fazenda do Estado, João Marcos Maia, comemorou o aditivo.
"Foi muito positivo. As regras de portabilidade mudaram e isso gera
incerteza no mercado. Diante disto, vender a folha neste preço foi bem positivo".
Segundo o secretário, a carteira totaliza 96 mil servidores ativos e 67 mil
inativos.
No
histórico do Bradesco, em 2005, quando comprou o extinto Banco do Estado do
Ceará (BEC), está registrada a compra de R$ 65 milhões pelo direito de
administrar as contas do funcionalismo do Estado por cinco anos. De lá para cá,
a instituição permanece na gestão das carteiras.
A
última licitação havia sido realizada no governo Cid Gomes (2007 a 2014). O
valor pago pelo banco ao Estado, à época, foi de R$ 390 milhões.
Com
a manutenção da conta dos servidores, o segundo maior banco privado do País
garante o direito de movimentar, mensalmente, mais de R$ 800 milhões da folha
do funcionalismo estadual. Além disso, a instituição gere as carteiras de
crédito industrial, comercial, rural e imobiliária, de servidores e de
inadimplentes do Estado desde a compra do BEC.
Já
em relação à administração da conta do Tesouro do Ceará, hoje sob gestão da
Caixa Econômica Federal, haverá nova licitação até o fim deste ano. O valor do
aditivo ainda não foi definido, pois o edital ainda está "em processo de
elaboração", conforme informações da Secretaria da Fazenda do Estado. (O Povo)
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