O estudo revela que a brasileira se torna mãe em média aos 26,4 anos. FOTO: Marcelo Camargo |
"Se
for ter outro filho, não consigo manter o padrão de sustento. Para conseguir
continuar trabalhando, preciso de uma retaguarda. E o custo é alto", diz a
gerente de unidade de negócios Ariane Mayer, de 35 anos, mãe de um filho só.
Aos quase 10 meses, Theo ainda não sabe, mas será filho único. A decisão segue
uma tendência
brasileira das últimas décadas: as mulheres têm cada vez
menos filhos.
Lançado
globalmente nesta quarta-feira (17), o relatório Situação da População Mundial,
do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa-ONU), mostra que a família
brasileira tem uma média
de 1,7 filho - na década de 1960, essa média era de 6
filhos. A taxa de fecundidade no Brasil é inferior à média da América Latina
(2) e do mundo (2,5).
O
estudo revela que o Brasil tem o menor
índice de fecundidade na comparação com outros 11 países
da região da América Latina e Caribe (República Dominicana, Costa Rica, El
Salvador, México, Nicarágua, Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai e
Venezuela). A brasileira se torna mãe em média aos 26,4 anos.
Entre
os três países com menor taxa de fecundidade, Chile e El Salvador empatam com
1,76 filho. A tendência deve se manter até 2020. "Essa taxa coloca o
Brasil abaixo da taxa de reposição, que é de 2,1 filhos por mulher. Ou
seja, a
população deve decrescer", explica Jaime Nadal,
representante da Unfpa. (Estadão)
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