Rodrigo Maia busca reeleição como presidente da Câmara |
Presidente
da Câmara desde julho de 2016, Maia costura
sua reeleiçãopara o cargo e acena para a candidatura de
Bolsonaro. Ao pautar temas defendidos pelo presidenciável, ele tenta
conquistar, além dos parlamentares da bancada da bala, o apoio dos 52 deputados
federais eleitos pelo PSL graças ao fenômeno do presidenciável. Oficialmente,
porém, ele não declarou apoio ao capitão da reserva do Exército.
Líder
da chamada "bancada da bala", o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF)
nega que a votação dos pontos em favor das armas tenha entrado em pauta em
troca de apoio para a reeleição de Maia e com a previsão de vitória de
Bolsonaro nas urnas, no próximo domingo, 28. A proposta é retirar a exigência de
que o cidadão comprove a necessidade de ter uma arma. Atualmente, cabe ao
delegado da Polícia Federal julgar se a comprovação é justa ou não. Outro ponto
a ser incluído no pacote é a autorização do porte de arma dentro dos limites
das propriedades rurais. Por outro lado, a negociação inclui ainda a diminuição
das atuais seis armas por cidadão para três.
"Não
é por essa possibilidade de vitória do Bolsonaro (que houve acordo para colocar
a flexibilização em
pauta). Foi antes. Ele (Maia) me chamou e pediu que fizesse uma flexibilização
mais leve, e nós fizemos", disse Fraga, afirmando que o café da manhã
nesta terça-feira foi apenas para "cobrar esse entendimento".
Os
parlamentares da bancada da bala ficaram na casa de Bolsonaro por menos de uma
hora. Na saída, ao ser questionado se a flexibilização agrada Bolsonaro, Fraga
respondeu: "É claro que agrada", disse o parlamentar, que
foi derrotado no
primeiro turno na disputa ao governo do Distrito Federal.
Segundo
o deputado, Maia pediu que a bancada fizesse uma síntese do projeto de Lei
3722, de 2012, para ser colocada em votação ainda neste ano.
"A
necessidade comprovada (para ter a posse
de arma) que, teoricamente é o mais fácil, é o que está
causando mais transtorno, porque é o delegado que decide. Nós queremos tirar
essa amarra. Ao cumprir os requisitos, é o seu direito de escolha que deve ser
preservado", disse o deputado.
(O Globo)
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