Caririense borda mensagem "É preciso andar amado" no banco da praça em Braga/Portugal. FOTOS: Cleo do Vale
Um grupo de mulheres vem realizando intervenções artísticas particularmente curiosas pelas ruas de Crato e Juazeiro do Norte. Com linha, agulha e criatividade, as moças do “Wá Coletivo” literalmente bordam frases e desenhos em locais pouco convencionais da cidade para convidar o passante a refletir.

Em setembro, símbolos característicos da cultura regional levaram cor e alegria às paredes descascadas e sujas do centro de Crato. Mais recentemente o Wá Coletivo bordou mensagens políticas como “Nenhuma a Menos”, em alusão a violência contra a mulher, em Juazeiro do Norte.

“Falamos do que nossos corações estão cheios”, diz a designer Cléo do Vale, uma das participantes mais ativas do movimento, que recentemente concluiu a fixação da frase “É preciso andar amado”, em um banco de praça na cidade de Braga, em Portugal, onde está morando.

Para além da curiosa técnica de utilizar o bordado, o coletivo ainda usa suportes inesperados, como redes, bancos de praça, grades e muros. “É uma proposta inovadora que une o artesanato e a arte urbana”, considera.


As próximas ações deverão seguir a mesma linha crítica, porém gentil que as fundadoras instalaram. Aliás, “Wá”, segundo diz, se traduz como “caminhar” na língua indígena kariri.

Tanta criatividade rendeu vaga garantida no Festival Concreto, evento internacional de arte urbana, em Fortaleza.      (Site Miséria)

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