O
presidente Michel Temer e o ministro da Educação, Rossieli Soares, anunciaram
hoje (4) investimentos de R$ 600 milhões para apoiar a implementação do Novo
Ensino Médio e para a avaliação do impacto do Programa do Ensino Médio em Tempo
Integral, em escala nacional. Temer ressaltou a importância dos programas, que,
segundo ele, contemplam demandas educacionais e sociais. "De um lado, a
vertente educacional, se fica mais na escola, vai aprender mais. Mas tem a
vertente social, num país pobre como o nosso, muitos dos alunos são carentes
são vulneráveis, eles se alimentam na escola, essa é a grande vantagem do
ensino integral".
De
acordo com o Ministério da Educação (MEC), 312 escolas públicas de ensino médio
em todos os estados e no Distrito Federal poderão participar da pesquisa de
impacto sobre o tempo integral no ensino médio. As avaliações serão feitas no
âmbito de qualidade do aprendizado, rendimento escolar e redução de
desigualdades entre os alunos, entre outras variáveis. O objetivo é mensurar o
retorno social do investimento, no combate à reprovação e ao abandono dos
estudantes, e qualificar os gastos em educação.
"Não
dá mais para ter 3,5 milhões de jovens entrando no primeiro ano do ensino médio
e 1,7 milhão concluindo. Estamos perdendo milhões de jovens", disse o
ministro Rossieli Soares. "Se continuarmos formando mal os nossos jovens,
estamos jogando fora o futuro deles", ressaltou.
Para
a execução da pesquisa, o MEC vai disponibilizar R$ 200 milhões, a serem pagos
ainda em 2018, às escolas que adotarão o tempo integral em 2019. A verba será
distribuída de acordo com a quantidade de alunos matriculados.
As
escolas pré-selecionadas como elegíveis pelo MEC têm em comum a alta
vulnerabilidade socioeconômica, o mínimo de 100 alunos matriculados no ensino médio
e ainda não contam com ensino médio em tempo integral. Escolas, mesmo sem a
infraestrutura adequada, podem participar da pesquisa, mas é requisito a
adequação até 2020. Segundo Soares, os recursos poderão ser utilizados para
melhorar essa infraestrutura, em materiais pedagógicos e formação e em salários
e gratificações.
A
portaria de avaliação de impacto deverá ser publicada amanhã (5) pelo MEC, e a
adesão poderá ser feita pelas escolas até 19 de outubro. (Agência Brasil)
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