O presidente eleito Jair Bolsonaro tem um ministro dos sonhos: o juiz federal Sérgio Moro, símbolo da Operação Lava-Jato no combate à corrupção.

Ao “Jornal Nacional”, Bolsonaro confirmou, hoje, que pretende convidar o magistrado para o Ministério da Justiça ou indicá-lo para um vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente eleito justificou o interesse citando o trabalho de Moro à frente à Operação Lava-Jato em Curitiba (PR), que condenou o ex-presidente Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP). Desde abril, o petista cumpre pena de 12 anos e 1 mês na sede da Polícia Federal na capital paranaense.

Moro ainda não se manifestou sobre o convite de Bolsonaro. Em nota divulgada no domingo, o magistrado da Lava-Jato apenas parabenizou Bolsonaro pela vitória: “Encerradas as eleições, cabe congratular o Presidente eleito e desejar que faça um bom Governo. São importantes, com diálogo e tolerância, reformas para recuperar a economia e a integridade da Administração Pública, assim resgatando a confiança da população na classe política”.

Bolsonaro também  afirmou hoje  que uma das primeiras medidas do governo será enxugar a máquina pública, reduzindo o número de ministérios, cargos comissionados e limitando os cartões corporativos, um dos focos de desgaste de imagem nos governos petistas.  Há atualmente 27 ministérios. Bolsonaro já falou em reduzir para 15 pastas.

O assunto deve ser um dos principais na fase de transição de governo. Bolsonaro tem o direito de indicar até 50 pessoas em caráter temporário para compor o time de transição que terá um espaço de trabalho próprio em uma ala do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi escolhido para ser o interlocutor entre o governo Temer e Bolsonaro.

Previdência
O presidente eleito também quer ir a Brasília na semana que vem para destravar a pauta da Previdência. Ele espera destravar ao menos parte da reforma projetada pelo atual governo de Michel Temer.

"Semana que vem estaremos em Brasília e buscaremos junto ao atual governo, de Michel Temer, aprovar alguma coisa do que está em andamento lá com a reforma da Previdência, se não com todo, com parte do que está sendo proposto, o que evitaria problemas para o futuro governo", afirmou.      (Diário do Nordeste)

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