A santa popular está sepultada na Igreja Matriz de
Santana do Cariri. FOTO: Antonio Rodrigues
A Diocese de Crato anunciou, nesta quarta-feira (24), em Santana do Cariri, que a Comissão de Teólogos do Vaticano aprovou a beatificação de Benigna Cardoso da Silva. Com isso, o processo passa agora pela avaliação dos cardeais Congregação para as Causas dos Santos e, em seguida, pelo Papa Francisco. Nomeada “Serva de Deus” pela Igreja Católica, em 2013, a menina foi morta brutalmente há 77 anos.

O processo de beatificação está em andamento, desde 2013, na cúpula da Igreja em Roma. Além da extensa documentação que a equipe diocesana já entregou na Sede da Igreja Católica, o Vaticano solicitou, em 2016, depoimentos de pessoas que viveram entre as décadas de 1940 a 1980, relatando graças alcançadas e sobre a consciência popular do martírio de Benigna.

“Um processo muito rápido. Acreditamos que a beatificação pode sair logo”, conta o padre Paulo Lemos, pároco da Igreja Matriz de Santana do Cariri. Para ele, a “heroína da castidade” já é santa popular reconhecida pelo povo e, por isso, sua romaria, realizada há 15 anos, tem crescido. Este ano, foram cerca de 30 mil pessoas. “Cresce as promessas, gente vestida de vermelha, promessas, graças alcançadas. Os devotos se encarregam de divulgar e trazer mais gente”, completa o sacerdote.

A Romaria de Benigna, este ano, celebrou os 90 anos de nascimento da menina, que pode se tornar a primeira cearense beatificada. “Desde 1941, ela já tinha uma fama de santidade. Isso foi crescendo com as primeiras romarias em 2003, 2014. De 2013 para cá, a demanda de visitantes e promessas tem aumentado consideravelmente”, acredita Ypsilon Félix, um dos organizadores do evento. 

Benigna Cardoso da Silva nasceu em 15 de outubro de 1928, na localidade de Sítio Oitis, Distrito de Inhumas a 2 km da sede de Santana do Cariri. Em 1941, aos 13 anos, Benigna foi morta a golpes de facão por um homem que a assediou e tendo ela se recusado a entregar-se foi brutalmente assassinada. Pelo ato a menina passou a ser considerada santa pela população local depois de sua morte, por considerarem o seu gesto de amor e coragem apesar da pouca idade, tornando-se “Heroína da Castidade”.          (Blog Diário Cariri)

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