Expectativa é que obras esperadas tenham os recursos garantidos para serem concluídas e, assim, o Estado possa contar com mais empregos e, consequentemente, recursos circulando FOTO: Honório Barbosa |
"A
política já vinha atrapalhando muito a economia em razão de a gente não saber
quem seria o presidente. A partir de agora, vamos verificar que atitudes serão
tomadas durante o governo", disse Assis Cavalcante, presidente da Câmara
de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza. "Para movimentar o varejo,
precisamos consolidar a Reforma Trabalhista e fazer a Reforma Tributária. O
investidor não pode ficar sujeito a mudanças repentinas na legislação".
Indústria
O
presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Beto Studart,
se disse satisfeito com a mudança de governo, mas negou que isso significasse
"apoiar Bolsonaro". Segundo ele, a indústria cearense, hoje, vive a
expectativa apenas de que o novo presidente do País irá cumprir com as
promessas citadas durante a campanha.
Um
dos pontos positivos para Studart, apesar do momento de transição, é que o novo
plano de governo deverá afastar o modelo antigo, que segundo o próprio presidente
da Fiec, não estava mais dando os resultados prometidos.
"Esperamos
que o novo governo nos dê sinais de que tudo aquilo que foi colocado na
campanha seja materializado. Ao desregulamentar de forma objetiva, as reformas
nos levarão a maiores facilidades no mercado, e eu estou satisfeito. Não quer
dizer que estou aprovando Bolsonaro, mas sim a mudança", disse Studart.
Agropecuária
O
presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec),
Flávio Saboya se diz otimista com o novo governo, uma vez que o presidente
eleito já sinalizou apoio à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA). "Nós estamos com muita esperança, porque, no decorrer desse último
mês, houve uma aproximação muito grande do Bolsonaro com a CNA. E foi constituído
um grupo de trabalho, da Confederação com a equipe do novo presidente,
apresentando soluções e discutindo alternativas para o setor", diz.
"A gente tem esperança de que ele reconheça a agricultura como um setor
importante hoje na vida nacional", destaca.
Construção
civil
Já
para o setor da construção civil, a expectativa é de que a política econômica
liberal fomente investimentos em infraestrutura e habitação, alavancando todo o
setor, conforme diz o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil
do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro. "Nós somos os grandes
empregadores do País, que precisa de moradias, de rodovias, de portos. Então,
qualquer governante que assumisse o nosso País, teria que tomar providências no
sentido de incentivar a construção civil", diz Montenegro.
Para
ele, a definição da presidência deve encerrar o clima de insegurança e de
instabilidade econômica causada pela indefinição política. (Diário do Nordeste)
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