Haddad iniciou o
desenho da estratégia para buscar
alianças no 2º turno com acenos a Marina e
Ciro Gomes
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Jair
Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) correm contra o tempo para fechar apoios
políticos para o segundo turno da eleição presidencial. O PDT de Ciro Gomes,
que ficou em terceiro e fez críticas pesadas contra Lula no primeiro turno,
deve declarar um "apoio crítico" e "sem empenho" à
candidatura do petista. Amanhã, a executiva do PDT deve oficializar a posição,
em Brasília. Em um eventual governo Haddad, é difícil acreditar que o PDT não
assuma cargos na administração pública, como ocorreu na época de Lula e Dilma,
por mais que publicamente a sigla negue esse tipo de barganha.
Quanto
ao futuro de Ciro, não se espera nenhum anúncio de aposentadoria. Pelo
contrário. Fala-se até que ele poderia antecipar sua intenção de concorrer
novamente, em 2022. Afinal, durante a campanha, ele chegou bem perto de firmar
em segundo lugar, embalado por sua proposta de tirar os endividados da lista
negra do SPC. Devido ao acordo do PT com o PSB, no começo da corrida
presidencial, Ciro acabou perdendo um importante aliado, o que desidratou suas
chances.
Um
dia após o resultado das urnas, Haddad já soltou acenos aos partidos
progressistas e a ex-integrantes das gestões do PT, como Marina Silva, da sua
combalida Rede. As mudanças no programa de governo de Haddad à Presidência e a
amplitude das alianças no segundo turno já provocam queda de braço entre as
correntes petistas.
Coordenador
da campanha de Haddad no Ceará, o deputado José Guimarães disse, ontem, que o
partido deve deixar de lado as divergências e chamar para o palanque candidatos
derrotados não só de esquerda, mas de centro, como o ex-governador Geraldo
Alckmin (PSDB) e até o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB), mais à direita.
PSL
Do
outro lado, Bolsonaro deu mostras de como vai ser o tom da sua campanha daqui
para frente. Ele agradeceu o apoio dos evangélicos, um dos pilares do seu
sucesso nas urnas.
Bolsonaro
declarou que não será "Jairzinho paz e amor" para atrair eleitores
com visão mais moderada nos costumes, e que vai continuar "jogando
pesado" na manutenção dos valores familiares, excluindo a possibilidade de
rever posição sobre famílias homossexuais. (Diário do Nordeste)
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