Parque Estadual do Morro do Chapéu (BA), na Chapada Diamantina,
busca ser escolhido como segundo geoparque brasileiro.
FOTO: Reprodução
Integrantes do Geopark Araripe, os professores da Universidade Regional do Cariri (Urca), Eduardo Guimarães e Rafael Soares, orientam os processos de candidatura do Parque Estadual do Morro do Chapéu, em Morro do Chapéu (BA), na Chapada Diamantina. O parque tem 46 mil hectares e é rico em biodiversidade. O professor Eduardo explica ser necessário superar algumas etapas para que a Unesco reconheça um geoparque.

“A primeira delas é a organização de um território, a segunda é o envolvimento de uma equipe que seja de alto nível técnico, e a terceira é o apoio político contínuo, porque é um processo que acontece em médio prazo. Apesar de existir mais de 25 projetos de geoparques no Brasil, o Araripe é o único geopark de fato há 12 anos, porque ele conseguiu fechar esse tripé organização, pessoal e apoio governamental”, explica o professor ao ressaltar a iniciativa do prefeito Leonardo Dourado.

Para alcançar a primeira etapa, a Prefeitura de Morro do Chapéu instituiu uma comissão municipal que trata especificamente do projeto. Na fase seguinte, a equipe técnica iniciou o mapeamento do território. Foram identificados dez geossítios aptos à visitação, apesar de o parque da localidade ter mais de 50. O mesmo acontece no Geopark Araripe, que possui mais de 20 geossítios, dos quais nove estão aptos a receber visitas de turistas e populações locais.

Na etapa atual, os geossítios de Morro do Chapéu são preparados para receber visitas. O suporte para todas as etapas é encontrado na experiência de 12 anos de atuação do Geopark Araripe no Cariri. “O território é avaliado dentro do que a Unesco espera que seja importante. E aí, temos a expertise em nosso currículo do único Geopark Unesco do Brasil, que é o Araripe, que já passou por três avaliações e em todas elas fomos felizardos. Isso nos habilita a saber, de fato, o que a Unesco espera de um processo de avaliação”, acrescenta o professor.

A atuação dos educadores da Urca reside, portanto, em nortear a candidatura de Morro do Chapéu a Geopark oficial – o segundo do Brasil e o 141ª do Mundo. Depois de se candidatar a aspirante, a cidade baiana terá um ano para apresentar uma candidatura oficial para ser avaliada.

“É um processo árduo, de muito envolvimento e contínuo. Depois desse processo é que, de fato, vamos avançar para outro que é a capacitação dos colaboradores locais. Um projeto Geopark é um projeto de desenvolvimento regional sustentável. Acreditamos que, em torno de três anos, consiga de fato se tornar geopark mundial Unesco”, conclui.           (Jornal do Cariri)

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