Uma metáfora para os relacionamentos pessoais e a complexidade das escolhas ao longo da vida. É assim que a primeira exposição individual do fotógrafo e artista visual Rafael Vilarouca se apresenta ao público até 11 de novembro na galeria de artes do Centro Cultural Banco do Nordeste, em Juazeiro do Norte.

A exposição "Desindústria", produzida ao longo de dois anos, reflete a primeira década de trabalho do artista como fotógrafo autoral e promete uma reflexão imersiva e sinestésica por imagens que denunciam as ruínas pessoais e sociais em suas mais diversas formas.

O artista fala de espaço e tempo, paisagem e objeto. "Busco incitar objetos no tempo e espaço como símbolos, principalmente de relações pessoais. Coloco esses símbolos em espaços de ruínas como metáfora das relações, muitas vezes abusivas, que estão se desfazendo, sejam elas familiares, sociais e de outras formas", explica.

Ao contrário de outros trabalhos onde a figura humana era essencial, dessa vez ela está fora do quadro. "Eu retiro as pessoas para falar sobre elas. É a ausência das pessoas que me faz falar sobre elas. O que fica são marcas, são símbolos, são ruínas da ação humana, ação do tempo sobre isso", comenta.

Conhecido por seus trabalhos no Coletivo Café com Gelo e no campo publicitário, agora Rafael Vilarouca se desafia em trabalhos e exposições solo. Mesmo com uma longa lista de exposições coletivas em seu currículo, incluindo o 5º Salão de Outono da América Latina, em São Paulo, onde expôs ao lado de outros 100 artistas de 10 países, "Desindústria" é a primeira exposição individual do artista.

Serviço
Desindústria - Rafael Vilarouca
Até 11 de novembro
No 5º andar do Centro Cultural Banco do Nordeste
Juazeiro do Norte – CE     (Site Miséria)

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