Camilo Santana. FOTO: Fabio Lima |
O
Ceará conta com 118 municípios que garantem assistência médica com profissionais
de Cuba. Confira:
Vejo
com muita preocupação a repentina saída dos médicos cubanos do Programa Mais
Médicos, que vem tendo um importante papel de assistência, sobretudo à
população mais pobre do Brasil e do nosso Estado. Isso deverá causar um enorme
prejuízo, principalmente em alguns municípios onde os médicos cubanos
desempenham importante papel nas unidades básicas de saúde. Não se pode tomar
medidas de tamanha relevância e impacto à revelia de estados, municípios e,
principalmente, do povo que é diretamente atingido.
Governo
cubano
O
governo de Cuba informou quarta-feira (14) que decidiu sair do programa social
Mais Médicos, citando “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” feitas
pelo presidente eleito Jair Bolsonaro à presença dos médicos cubanos no Brasil.
O país caribenho envia profissionais para atuar no Sistema Único de Saúde desde
2013, quando o governo da então presidente Dilma Rousseff criou o programa para
atender regiões carentes sem cobertura médica.
“O
Ministério da Saúde Pública de Cuba tomou a decisão de não continuar
participando do Programa Mais Médicos e assim comunicou à diretora da
Organização Pan-Americana de Saúde [Opas] e aos líderes políticos brasileiros
que fundaram e defenderam a iniciativa”, diz a nota do governo.
O comunicado não diz a data em que os médicos cubanos deixarão de trabalhar no programa. A Opas disse apenas que foi comunicada da decisão, sem dar mais detalhes.
Bolsonaro
Em
agosto, ainda em campanha, Bolsonaro chegou a declarar que “expulsaria” os
médicos cubanos do Brasil com base no exame de revalidação de diploma de
médicos formados no exterior, o Revalida. A promessa também estava em seu plano
de governo. O caso gera preocupações também da Confederação Nacional dos
Municípios.
A
entidade, em nota, alertou que prefeitos de cidades com menos de 20 mil
habitantes estão apreensivos com a saída dos 8,5 mil profissionais cubanos do
Mais Médicos. A CNM deixou claro ser necessária a imediata substituição desse
contingente sob risco de mais de 28 milhões de pessoas ficarem desassistidas. (Blog do Eliomar)
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