Com o objetivo de chamar a atenção da população para o debate sobre a violência contra a mulher, a Prefeitura do Crato, através do Centro de Referência da Mulher (CRM), realiza desde o último dia 20, até o próximo dia 10 de dezembro, a campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, com palestras, oficinas, panfletagem e roda de conversa, na sede do município e na zona rural.

Segundo a coordenadora do CRM, Audilene Fernandes, as atividades já estão acontecendo, a exemplo da Escola Raimundo Nonato de Sousa, no distrito de Dom Quintino, onde foi realizada uma palestra que a equipe do Centro contou com a participação do defensor público Rafael Vilar, responsável pelo Núcleo Especial de Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem) do município, e no Posto de Saúde da Vila Padre Cícero. “A programação dos 16 dias de ativismo acontece diariamente até o próximo dia 10 de dezembro, vamos continuar trabalhando as temáticas pertinentes a promoção da segurança, proteção e bem estar das mulheres de uma forma geral onde elas possam ter cada vez mais qualidade de vida”, destaca.

Neste ano, a mobilização é voltada para mulheres negras, encarceradas, que enfrentam litígios judiciais e vítimas de assédio e de violência doméstica, além de meninas submetidas ao casamento infantil.

Os 16 dias de ativismo começaram em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women's Global Leadership CWGL), iniciaram uma campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres Brasil.

No Brasil, a Campanha ocorre desde 2003, e é chamada 16+5 Dias de Ativismo, pois incorporou o Dia da Consciência Negra, de acordo com a Procuradoria Especial da Mulher. A mobilização termina em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Cerca de 150 países participam da campanha.

A data é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, assassinadas em 1960, por fazerem oposição ao governo do ditador Rafael Trujillo, que presidiu a República Dominicana de 1930 a 1961, quando foi deposto.

Os Centros de Referência de Atendimento às Mulheres prestam acolhida, acompanhamento psicossocial e orientação jurídica às mulheres em situação de violência (violência doméstica e familiar contra a mulher - sexual, patrimonial, moral, física, psicológica; assédio sexual; assédio moral; entre outros). O CRM do Crato fica localizado na Rua José Carvalho, número 376, bairro Centro.

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