FOTO: Saulo Roberto |
Para
o ano de 2019 o presidente da entidade, Fernando Valente Pimentel, não tem uma
projeção específica para o Ceará, mas avalia que o Brasil deve apresentar
números melhores que os deste ano. Em 2018, o setor no País amarga uma queda de
2% na produção industrial e retração em torno de 1% nas vendas do varejo em
termos reais. "(Este ano) foi duríssimo para a indústria. Nós temos um
otimismo responsável para 2019, com projeção de crescimento real de 2% a 2,5%
na produção e de 3% a 3,5% nas vendas do varejo, mas tudo isso vai depender do
câmbio, que é algo que temos que acompanhar, e do avanço de reformas como a da
Previdência", avalia.
Além
do baque sofrido com a greve dos caminhoneiros, Pimentel considera ainda que
2017 foi impactado positivamente pela liberação do dinheiro das contas inativas
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o que teria gerado uma base de
comparação alta - o que não teria acontecido se a indústria não tivesse sido
tão impactada pela paralisação dos caminhoneiros.
O
setor já havia se posicionado em relação à postura adotada pela equipe do
presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Além da possibilidade do corte
unilateral nas tarifas de importação, que de acordo com o setor pode prejudicar
as negociações internacionais, a postura de transformar o Ministério da
Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) em secretaria provocou receio na
indústria como um todo. "O Paulo Guedes disse que será o interlocutor da
indústria. A filosofia econômica liberal é a mais importante, mas não um
liberalismo ingênuo", arremata Pimentel. (Diário do Nordeste)
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