O mais antigo clérigo da Diocese de Crato, Monsenhor Ágio Augusto Moreira, completou na última terça-feira, dia 18 de dezembro de 2018, setenta e cinco anos de vida sacerdotal, exemplarmente fiel aos propósitos firmados diante do altar do Senhor. Com uma vida inspirada na simplicidade, em meados de fevereiro deste ano, ele também celebrou a efeméride de seu centenário.

Sacerdote simples e piedoso, exímio escritor e músico, viveu o ministério na função de professor de canto gregoriano, italiano, grego e francês no Seminário São José, em Crato. Também foi vigário cooperador nas cidades de Jardim, Icó, Farias Brito e Iguatu. O título de “monsenhor” veio em 2003, por indicação do então bispo diocesano, Dom Newton Holanda Gurgel.


Nascido em Assaré, Monsenhor Ágio fez de sua inclinação para a música epifania do mistério divino. Dessa experiência religiosa, edificou, no Bairro Belmonte, em Crato, a Sociedade Lírica do Belmonte, a Solibel, mantenedora da Escola de Educação Artística Heitor Villa Lobos e da Orquestra Sinfônica Padre Davi Moreira, ambas voltadas para a formação em música, o desenvolvimento da cidadania e os valores que iluminam a vida.

Para celebrar tantos feitos, foi rezada Missa na Catedral Nossa Senhora da Penha, em Crato, mesmo templo santo onde ele dissera “sim” ao chamado de Deus, há 75 anos.

Conduzida pelo Coral Nossa Senhora das Graças, fruto dos trabalhos pastorais do sacerdote, à cerimônia solene foi presidida pelo bispo, Dom Gilberto Pastana, concelebrada por padres da diocese. Estiveram presentes diáconos, seminaristas, religiosas, agentes de pastorais e movimentos, familiares e amigos. Monsenhor Ágio ficou a Missa inteira compenetrado. O único momento em que assembleia pode ouvi-lo foi na Oração Eucarística.

Sacerdote eternamente
Para Dom Gilberto, celebrar os 75 anos de Ordenação Sacerdotal do Monsenhor Ágio é “um fato inédito”. Fazendo memória à vida, à vocação e aos trabalhos pastorais do sacerdote, disse rogar ao Senhor da Messe que conceda à diocese vocações igualmente santas. “Apesar do pouco tempo de convivência, o senhor tem sido, especialmente para mim, um modelo de sacerdote, de testemunho, de obediência e de desapego aos bens do mundo. Ao olhar a sua longevidade, o seu exemplo e a sua fidelidade sacerdotal a Deus e à Igreja, ousamos repetir, mais uma vez: ‘Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem do Rei Melquisedec'”, considerou.

Padre Paulo Costa, há três anos ordenado sacerdote, também considerou que a vida do Monsenhor Ágio, principalmente o trabalho social, é reflexo de sua fidelidade ao Evangelho e do cuidado com o outro. “Através da música e da arte, ele se tornou canção muito bonita para as pessoas, marcando suas vidas com notas de alegria, de entusiamos, de elevação da alma e do desenvolvimento da dignidade dos seus irmãos. O nosso coração se enche de alegria. Essa vida toda doada, para nós é um grande sinal de renovação e de incentivo”.               Texto e Fotos: Patrícia Silva/Assessoria de Comunicação

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