Cesare
Battisti após a prisão na Bolívia. FOTO: Polizia di Stato-Reprodução
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O
italiano Cesare Battisti fará escala no Brasil antes de ser extraditado para a
Itália. A decisão foi anunciada pelo ministro do Gabinete de Segurança
Institucional (GSI), general Augusto Heleno, após reunião no Palácio da
Alvorada, com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça e da Segurança
Pública, Sergio Moro, e o chanceler Ernesto Araújo. Foragido desde dezembro,
Battisti foi capturado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, por volta das
17h de ontem (12).
Mais
cedo, o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, chegou a informar que
um avião do governo italiano está a caminho da Bolívia
para buscar Cesare Battisti. Segundo o premiê, o avião pousará por volta das
14h, no horário de Brasília.
Heleno,
no entanto, disse que Battisti será trazido para o Brasil num avião da Polícia
Federal e trocará de avião antes de seguir para a Itália. Segundo ele, o avião
que buscará o italiano na Bolívia não tem capacidade para voar direto até a
Europa, tornando necessária a escala.
Prisão
perpétua
Conforme
o governo brasileiro, a decisão de trazer Battisti para o Brasil foi tomada
conjuntamente com o governo italiano, levando em consideração questões de
segurança. Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo
assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo
Proletários Armados pelo Comunismo, braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz
inocente. Para as autoridades brasileiras, ele é considerado terrorista.
No
Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália
pediu sua extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto,
no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz
Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi
confirmado pela Suprema Corte.
Nos
últimos dias do governo Michel Temer, o STF decidiu pela extradição. A medida
era defendida ainda em campanha pelo presidente Jair Bolsonaro. (Agência Brasil)
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