Como
a primeira medida de impacto de seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro
pretende assinar nos próximos dias decreto para permitir a posse de arma de fogo a
todas as pessoas sem
ficha criminal do país.
A
ideia é que a medida seja colocada em vigor antes da participação do presidente
no Fórum Econômico Mundial,
em Davos, que ocorrerá entre os dias 22 e 25. "Ele deve implementar, com certeza, antes da
viagem", disse à reportagem o vice-presidente Hamilton Mourão.
Para
a assinatura do decreto, o presidente deve promover uma cerimônia no Palácio do
Planalto com a presença de parlamentares da bancada da bala, favoráveis à
edição da medida.
A
iniciativa deve incluir a anistia para pessoas que já possuem armas e perderam
o prazo de renovação e o aumento do prazo de validade da autorização de posse
de 5 para 10 anos.
O
decreto foi discutido nesta terça-feira (8) em reunião ministerial. Segundo
relatos, o ministro da Justiça, Sergio
Moro, disse que o decreto está em fase final de
elaboração. Moro também disse no encontro que tem tido êxito o envio da Força
Nacional para o Ceará para reprimir uma onda de violência estadual.
De
acordo com presentes, Bolsonaro negou na reunião que será instalada uma base
americana no Brasil durante seu mandato. O presidente havia citado a
possibilidade em entrevista, na semana passada, mas recuou após repercussão
negativa.
Ele
também orientou a equipe ministerial que seja clara e transparente nas
informações repassadas, evitando mal-entendidos.
Na
semana passada, os ministros Paulo Guedes (Economia) e Onyx Lorenzoni (Casa
Civil) tiveram um embate em torno da reforma previdenciária. "Em um
início de governo, com certeza, pode ter desconforto, mas isso já passou",
disse o ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz. (Folhapress)
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