Governador do Ceará, Camilo Santana, pediu ao ministro Sergio
Moro reforços para conter ataques no estado. FOTO: Wilson Dias

Em reunião com Sérgio Moro na manhã desta quinta-feira (17) em Brasília, o governador Camilo Santana pediu reforço de agentes penitenciários e expôs ao ministro da Justiça a necessidade de manter a presença da Força Nacional no Estado por tempo indeterminado. "Eu coloquei a necessidade de manter sem limite de data a presença da Força Nacional", acrescentou.

Camilo e Moro fizeram uma avaliação da atual situação do Estado e o governador reforçou o pedido de continuar com as ações integradas das forças de segurança com a presença dos policiais nas ruas e a abertura de novas vagas em presídios federais para transferência de líderes de fações criminosas. 

Camilo também pediu o aumento da força policial nas unidades prisionais do Estado. "Pedi o reforço de agentes penitenciários para mantermos rigorosamente a aplicação da lei de execução penal, tirar regalias, fazer o controle das penitenciárias", disse.  O número de agentes penitenciários adicionais pedidos pelo governador é 90.

Apesar de já ter solicitado um aumento no número de agentes da Força Nacional, o governador informou que há uma limitação para que isso seja atendido nesse momento. Por conta disso, foi tomada uma série de medidas como aumento de hora extra e convocação da tropa reserva.

"Estamos com quase 500 agentes da Força Nacional atuando. Minha preocupação é manter o estado de alerta para evitar ao máximo as ações criminosas no Ceará e garantir o funcionamento dos serviços básicos à população", disse o chefe de estado descartando a necessidade de pedir intervenção federal no Estado. 

Ações criminosas no Ceará
Desde o dia 2 de janeiro, ocorreram mais de 200 ataques criminosos em 46 cidades. A série de atentados teve início em Fortaleza, com incêndios em ônibus, foi para a Região Metropolitana, com a explosão de um viaduto e se espalhou pelo interior, onde os alvos foram principalmente veículos e prédios públicos.

Prisões e apreensões
 Chegou a 383 o número de presos ou apreendidos por fazer parte dos ataques criminosos registrados no Ceará nos últimos dias, segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). O balanço feito pela SSPDS corresponde até as 17h da última quarta-feira (16).      (Diário do Nordeste)

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