A investigação do Ministério Público contra Queiroz foi suspensa a pedido do senador eleito |
Já
havia vindo a público que, entre janeiro de 2016 e de 2017, Queiroz havia movimentado
cerca de R$1,2 milhão em sua conta pessoal, transações que seriam
"incompatíveis com o patrimômio, a atividade econômica ou ocupação
profissional" do ex-assessor. Essa movimentação incluiria 176 saques em
espécie, sendo mais de R$18 mil em apenas um dia. Oito funcionários ou
ex-funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj teriam feito
transferências para Queiroz, incluindo sua esposa e duas filhas.
Em
entrevista ao jornal SBT
Brasil, Queiroz alegou que parte dessa movimentação seria fruto de
compra e venda de veículos. Ele negou ser um laranja de Flávio Bolsonaro. Em
dezembro, o senador eleito chegou a dizer que o ex-assessor havia
apresentado-lhe uma história "bastante plausível" sobre as
transferências que haviam vindo a público.
Na
última quarta-feira (16), o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que atua como
presidente da corte durante o recesso do Judiciário, suspendeu
investigação contra Queiroz conduzida pelo Ministério Público do Estado do Rio
de Janeiro (MPERJ)
a pedido de Flávio Bolsonaro, questionando a competência da instituição em
investigá-lo, já que havia sido eleito senador. O relator do processo, Marco Aurélio Mello,
entretanto, indicou que
deve manter a investigação com o Rio de Janeiro. “O Supremo não pode
variar, dando uma no cravo outro na ferradura. Processo não tem capa, tem
conteúdo. Tenho negado seguimento a reclamações assim, remetendo ao lixo”,
disse ao G1.
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