08 de janeiro de 2019
Em
meio à onda de ataques que assola o Estado, o Sindicato dos Médicos do Ceará
emitiu um comunicado em que recomenda profissionais da saúde a não comparecerem
aos seus locais de trabalho "devido aos inúmeros atentados violentos
ocorridos nos últimos dias".
O
texto é direcionado a médicos da Capital e do Interior e diz que a medida é
pela segurança dos profissionais."Relatos graves de violência foram
repassados à entidade, desde assaltos a toques de recolher. Desta maneira, com
o objetivo de resguardar a vida dos médicos e da população, o Sindicato orienta
que os profissionais preservem a sua integridade física[...]', afirma a nota
publicada nas redes sociais e no site oficial do sindicato.
A
entidade diz ainda que os médicos receberão apoio jurídico
"irrestrito" do sindicato e declara que oficiará as Prefeituras bem
como o Governo do Estado sobre a recomendação.
Veja
nota do Sindicato dos Médicos do Ceará na íntegra:
O
Sindicato dos Médicos do Ceará, no uso de suas atribuições legais, recomenda a
todos os médicos de Fortaleza e Municípios que estejam sofrendo com os atentados
violentos registrados nos últimos dias no Estado a não comparecerem aos seus
locais de trabalho até que lhe sejam assegurados as condições mínimas de
segurança. Relatos graves de violência foram repassados à entidade, desde
assaltos a toques de recolher. Desta maneira, com o objetivo de resguardar a
vida dos médicos e da população, o Sindicato orienta que os profissionais
preservem a sua integridade física até que a situação extrema e inaceitável de
violência esteja sob controle, especialmente, aqueles que atuam nos postos de
saúde da Capital, tendo em vista a retirada das equipes de segurança pela
Prefeitura.
Os
médicos receberão o apoio jurídico irrestrito da entidade, que oficiará
Prefeituras e Governo do Estado comunicando a orientação e solicitando, mais
uma vez, que os responsáveis garantam a plena segurança nas unidades de saúde e
seja garantido o abono de eventuais faltas. Esta recomendação serve como
notificação aos órgãos públicos quanto à ausência dos médicos contratados,
estando, portanto, o Sindicato de prontidão para atender qualquer convocação do
Poder Público no sentido de representar todos os seus associados.
O
Sindicato aguarda um posicionamento das autoridades quanto às medidas concretas
que serão adotadas para garantir a plena segurança dos médicos e da população
que dependem do sistema público de saúde. O Estado do Ceará vive um cenário
crítico de violência, no qual aqueles que mais necessitam sofrem com a carência
de implementação de medidas eficazes para a garantia de direitos fundamentais,
como saúde, segurança e, sobretudo, dignidade. (O Povo)
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