O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM),
durante sessão ordinária. FOTO: Roque de Sá
Apesar do discurso de pacificação adotado após ser eleito presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) prepara uma “faxina” em cargos de diretoria e coordenadoria da Casa controlados pelo MDB. O alvo são servidores apadrinhados por seus antecessores - Eunício Oliveira (CE), José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL).

O próprio Renan deve ser “demitido” por Alcolumbre do cargo de ouvidor do Senado. Responsável por receber a opinião dos cidadãos sobre a Casa Legislativa, o mandato do senador alagoano não será renovado.

A lista de diretores, secretários e coordenadores de áreas que vão passar pelo pente-fino tem 184 nomes.

A avaliação do presidente do Senado e de pessoas do seu entorno é de que, se quiser fazer uma renovação na Casa, como prometeu aos colegas, precisará acabar com o que considera “maus hábitos” que estariam impregnados nos principais postos de comando.

Na prática, o controle vai passar para as mãos do novo grupo que comandará o Senado no biênio 2019-2020.

Foi com a promessa de cargos que Alcolumbre conseguiu votos suficientes para se eleger presidente e derrotar Renan.

Senadores que atuaram como seus cabos eleitorais espalharam a mensagem de que, se Renan fosse eleito, os novatos não teriam chance de ocupar os postos da Casa.

Ao todo, o Senado tem cerca de 2.500 cargos de livre nomeação. “A gente ia falando isso de orelha em orelha”, afirmou um senador que participou da campanha.    (Estadão)

Post a Comment