Dentre os médicos com formação em urologia nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, Phelipe Celestino, natural de Crato, foi o primeiro a ser aprovado no fellowship (aperfeiçoamento) em cirurgia robótica e uro-oncologia do A. C. Camargo Câncer Center, em São Paulo. O local, considerado o maior centro da América Latina no ensino, pesquisa e tratamento contra o câncer, possui o único programa do Brasil que certifica seus fellows nesta modalidade, numa prova que é realizada no exterior. 

Atualmente com 30 anos, Phelipe concluiu a graduação pela Universidade Federal do Ceará – Campus Barbalha, no ano de 2012 (atual Universidade Federal do Cariri), fez residência de dois anos de cirurgia geral no Hospital Geral Dr. César Cals, em Fortaleza, e residência de três anos de urologia no Hospital São Rafael, em Salvador. Sempre empático em prestar auxílio a pessoas enfermas, foi na medicina que ele viu a possibilidade de desenvolver essa característica. “Cada atendimento prestado e cirurgia realizada proporcionam grande avanço, tanto para o crescimento profissional quanto para o pessoal, numa constante troca de experiências entre o médico e o paciente. Hoje, vislumbro o quanto é possível aliar o conhecimento científico à tecnologia para amenizar o sofrimento humano”, enfatizou. 

Conforme explicou, existem três modalidades de cirurgia: a aberta, que é a convencional; a laparoscópica, que é com formação em vídeo; e a robótica, difundida em lugares como Estados Unidos e Europa, e que chegou ao Brasil recentemente. “A cirurgia robótica é um procedimento minimamente invasivo, que segue a mesma linha da laparoscopia. Em ambas, são utilizados instrumentos longos que trabalham dentro de trocartes (portais) introduzidos na parede abdominal ou torácica. A diferença é que, na laparoscopia, as pinças são manipuladas diretamente pelas mãos do cirurgião. Na robótica, pelos braços do robô, que reproduzem os movimentos das mãos do cirurgião, que fica num console de comando”, destacou o médico. 

A verdadeira vantagem desta nova tecnologia, então, é a sua precisão, ampliação do campo cirúrgico e visão tridimensional, conferindo menores taxas de sangramento e uma recuperação mais rápida. No Brasil, a primeira cirurgia robótica foi realizada em 2008, no Hospital Israelita Albert Einstein. Desde então, o emprego dessa nova tecnologia para realização de cirurgias pelo país só aumenta.        (Jornal do Cariri)

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